Salvador conta com estrutura de saúde para atendimento durante Olimpíada
Uma estrutura especial na área da Saúde está preparada para atender a população da capital baiana em casos de acidente ou suspeita de doença infecciosa, durante os Jogos Olímpicos 2016. Nos dias das partidas realizadas na Arena Fonte Nova, o Estado mobiliza até 12 ambulâncias, sendo duas UTIs, e, em casos de emergências envolvendo ataques químicos, biológicos, radiológicos, nucleares e explosivos, será colocado em ação um plano de atendimento às vítimas.
Inaugurado em janeiro deste ano, com um investimento de R$ 800 mil do Governo do Estado, o Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas, do Hospital Geral do Estado (HGE), leva apenas dez minutos para ser montado no estacionamento da unidade, com capacidade para atender simultaneamente até 60 vítimas de acidente. Já na área de infectologia, contaminação biológica ou radiológica, e nos casos de abuso sexual, a referência é o Hospital Couto Maia.
De acordo com o diretor médico do HGE, Jorge Mateus Campos, todos os funcionários do hospital estão capacitados para trabalhar no Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas, que ainda não teve a necessidade de ser utilizado. “Eles estão prontos para sair dos seus afazeres de rotina e subir para começar o atendimento no espaço. Nós conseguimos acionar todos os funcionários que estão nas vagas numeradas, para evacuação em cinco minutos. Em mais cinco minutos chegam as equipes de montagem e preparação”, explicou.
Ainda segundo o diretor, o Centro, único do Brasil, foi pensado durante a Copa do Mundo 2014, quando houve a ideia de reativar uma antiga área de estacionamento, com a opção de utilizar o espaço também para o tratamento de múltiplas vítimas de acidente.
Referência em infectologia
A diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, destaca que a unidade continua sendo referência para doenças infecciosas. “No estádio, por exemplo, se houver algum quadro sugestivo de doença infecciosa, ele será atendido no posto da Arena Fonte Nova. E se houver, de fato, indicação de infectologia, a pessoa será regulada para a unidade hospitalar, porque há uma pessoa da área de regulação na Arena, de plantão, em todo o período de jogos. O paciente vai receber atendimento especializado em infectologia, fazer exames e ser medicado”.
Nunes afirma ainda que o Couto Maia também é referência no atendimento em casos de abuso sexual. “Fazemos a profilaxia de HIV e hepatite B. Nesses casos, o paciente também é transferido do posto de saúde montado no estádio, diretamente para o hospital, onde será avaliado, tomará medicação e, se for necessário, vacina ou imunoglobulina”, conclui a diretora da unidade.