Salvador lidera ranking de traição no Brasil, aponta estudo
Os homens são mais infiéis do que as mulheres no Brasil e os soteropolitanos são os que mais traem. Os dados fazem parte da pesquisa Mosaico 2.0, elaborada pelo Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. De acordo com o levantamento, em Salvador é capital recordista em traição – 45,8% da população, entre homens e mulheres, admite terem sido infiéis em seus relacionamentos. A média nacional de traição entre homens e mulheres é de 40,5%.
Quando o assunto é infidelidade, os homens são maioria – 50,5% admitem terem traído, contra 30,2% das mulheres. O estudo é uma atualização da pesquisa Mosaico Brasil, de 2008. Nessa edição, foram entrevistadas três mil pessoas, 49% de mulheres e 51% de homens, em sete regiões metropolitanas do país: São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal. São Paulo é a capital com menor porcentagem de infiéis: 33,8%. Os entrevistados para o estudo tinham entre 18 e 70 anos, com média de 35,5 anos.
“O baiano tem uma forma mais livre de pensar sobre esse aspecto, mais descontraída. O clima da Bahia, a proximidade da praia e uma série de outros elementos vão levar a um contato físico menos reprimido. Tudo isso leva a uma maior valorização do sexo e também a uma maior liberdade em termos de possibilidades de atividades sexuais”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ProSex, em entrevista ao Portal G1.
A disparidade entre homens e mulheres era algo previsível, segundo. A especialista observa que, especialmente na cultura latina, o homem costuma não considerar relações eventuais de caráter exclusivamente sexual como algo que coloque em risco seu relacionamento com a pessoa com a qual tem um projeto de vida em conjunto.
A faixa etária entre 41 a 50 anos é que admite a traição com maior frequência no país – 53,8% da população afirma ter um histórico de infidelidade. Há ainda uma pequena parcela da população que diz não ter um acordo de exclusividade com seus parceiros. Isso ocorre em 3,4% dos homens e em 2,6% das mulheres. Além disso, 3,2% dos homens e 5,6% das mulheres afirmam que não fazem sexo.