Salvador: reforma administrativa é aprovada com voto contra da oposição
Depois de acordo de votação entre governistas e oposicionistas, o projeto da reforma administrativa da prefeitura foi aprovado, na tarde desta terça-feira (13), na Câmara de Salvador, com voto contrário da ala da minoria.
A proposta, que não estava na pauta de votação desta terça, gerou um mal-estar dentro da base do prefeito ACM Neto (DEM). Por volta das 14h50, o presidente da Casa, vereador Paulo Câmara (PSDB), chegou ao plenário e reclamou com governistas por não cumprirem o acordo de votar apenas o Plano de Arborização e a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2017.
Com a medida, o prefeito ACM Neto (DEM) está autorizado a implementar as mudanças anunciadas na estrutura municipal partir do próximo ano, que pretendem economizar R$ 105 milhões da máquina pública.
Pelo pacto firmado entre as bancadas, a prefeitura ainda vai enviar ao Legislativo uma proposta para recriar o Conselho Consultivo do Fundo da Previdência, que havia sido extinto no texto enviado pelo Executivo.
Orçamento – Os vereadores também aprovaram a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017, que estima a receita e fixa as despesas em R$ 6,71 bilhões, com voto contrário da oposição.
O líder da minoria, vereador Silvio Humberto (PSB), criticou a redução dos investimentos na Secretaria Municipal de Reparação. Segundo ele, houve uma queda de R$ 5,3 milhões este ano para R$ 3,9 milhões em 2017.
“É, infelizmente, considerada uma secretaria de menor importância”, condenou o socialista, sob o argumento de que a capital baiana tem uma grande população carente.
O socialista ainda criticou a baixa arrecadação de receitas que, segundo ele, mostra que “a prefeitura de Salvador não pode andar com as próprias pernas”, como costuma dizer o prefeito ACM Neto (DEM).
Já o vereador Hilton Coelho (PSOL) disse que era “cômico, para não dizer trágico” o investimento no combate à homofobia e a violência, respectivamente, de R$ 10 mil e R$ 40 mil.