Samuel Júnior condena invasão do plenário pela SINTAJ: “É inadmissível, plenário não é lugar de pressão”

 Samuel Júnior condena invasão do plenário pela SINTAJ: “É inadmissível, plenário não é lugar de pressão”

O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) criticou duramente a ocupação do plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) por servidores do Judiciário, nesta terça-feira (27), durante protesto liderado pelo Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário (SINTAJ). A manifestação paralisou os trabalhos legislativos do dia e gerou forte repercussão entre os parlamentares da base e da oposição.

Em entrevista concedida após a suspensão da sessão, Samuel classificou o ato como “uma verdadeira falta de respeito” e defendeu medidas mais duras para evitar que ações semelhantes voltem a ocorrer. “Isso é inadmissível. O plenário é a representação do povo. Ele não pode ser ocupado por quem não seja deputado ou servidor da Casa. Invadir aquele espaço é afrontar a democracia”, afirmou.

O parlamentar ressaltou que a tentativa de diálogo foi feita, mas ignorada pelos manifestantes. “Tentamos conversar, pedimos que saíssem, mas insistiram. Em respeito à presidente Ivana Bastos, que decidiu suspender a sessão, acatamos. Mas, se eu fosse presidente, a resposta seria outra. Não aceitaria essa chantagem”, declarou.

Samuel Júnior também propôs mudanças no protocolo de segurança da Assembleia. Para ele, os manifestantes deveriam ser identificados e proibidos de entrar novamente na Casa. “É hora de rever a segurança. Essas pessoas que ultrapassaram o limite devem ser proibidas de acessar qualquer área da AL-BA. Isso é necessário para dar o exemplo. Não podemos abrir precedente para esse tipo de comportamento se tornar regra.”

O parlamentar alertou para os riscos institucionais de ações como a desta terça. “Se toda categoria decidir invadir o plenário quando estiver insatisfeita, onde vamos parar? Essa permissividade é perigosa. O diálogo é legítimo, o protesto é democrático, mas o desrespeito ao regimento interno e à representação popular é inaceitável”, concluiu.

A presidente da AL-BA, Ivana Bastos, convocou a Mesa Diretora para discutir as medidas que serão adotadas após o episódio.

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