Segundo dia da FLICA tem participação de Leozito, embaixador da Geração Flica

 Segundo dia da FLICA tem participação de Leozito, embaixador da Geração Flica

Na tarde desta sexta (24) o ator, humorista e músico, Leozito, participou de um bate-papo no palco do Geração Flica. O embaixador do espaço esteve ao lado da autora e jornalista soteropolitana, Roberta Gurriti. A mesa com o tema “LER É MASSA!” explorou a relação entre literatura e humor, gerando entretenimento para o público presente.

Apesar de parecer uma combinação improvável, Leozito destacou que a literatura é essencial na formação de um bom humorista, já que é a partir da escrita que se constroem as piadas. O artista contou ainda que o humor foi seu caminho para chegar à literatura, destacando a importância da profissionalização e revelou que a leitura foi fundamental para aprimorar seus roteiros. Ele também atribui parte desse crescimento às aulas de teatro, que contribuíram para melhorar sua comunicação e presença de palco.

Leozito ressaltou a necessidade de aprender a interpretar o mundo ao redor e reforçou a necessidade de se policiar na criação de conteúdos, considerando o grande número de fãs do público infanto-juvenil. Reconheceu que essa é uma tarefa desafiadora, mas afirmou estar cada vez mais consciente de sua responsabilidade como comunicador e artista.

Falando sobre suas referências no humor, o artista citou Luiz Miranda, Chico Anysio e Eddie Murphy, e contou que sua veia humorística veio do pai, sua maior inspiração. Embora muito gaiato, Leozito se define como uma pessoa caseira: “Sou que nem licor, né? Caseiro.” Sobre seu processo criativo, revelou que prefere escrever seus roteiros à noite, antes de dormir.

O humorista transformou o auditório do Cine Theatro em um verdadeiro show de stand-up, com respostas rápidas e divertidas às perguntas feitas por Roberta. Em um dos momentos mais engraçados, quando foi questionado sobre qual seria o “@” de seu Bookgram, respondeu prontamente: “LER-O-ZITO.” E, se tivesse que criar um slogan para incentivar o Brasil a ler mais, chamaria Bell Marques e usaria o trecho “Lê lê lê lê lê” da música Eu Vou Te Amar,  arrancando risadas do público e demonstrando sua habilidade de improvisar nos mais diversos contextos.

Ao final da mesa, quando o repórter da TV Bahia, Phael Fernandes, abriu para perguntas do público, Leozito destacou que suas origens o trouxeram a ser quem ele é hoje. Acostumado a fazer piadas com temas diversos e que atravessam algumas minorias, ele afirma que ao trazer suas vivências ele furou a bolha e atingiu seu público-alvo, jovens pretos e periféricos como ele. Como última fala da mesa, ao perguntarem sobre qual conselho ele daria, Leozito trouxe “Estudar, muito estudo, quem lê está a frente de todo mundo… Interpretar… o humor me deu essa capacidade de ler e poder escrever e para quem ta começando a vida ai, leiam e estudem”.

Em entrevista Deco Lipe, curador do Geração Flica, destacou como a literatura pode ser diversa. Ao reunir uma escritora e um humorista na mesma mesa, ele traz o quanto a literatura é rica em suas diferentes formas de expressão. O curador ressaltou ainda o poder transformador dos livros e expressou o desejo de que os jovens se reconheçam nos convidados, e possam compreender que a literatura está presente em tudo o que fazemos.

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