Sem fila e sem confusão: shopping vazio, e clientes reclamam dos preços
Sem fila e sem confusão: shopping vazio e clientes reclamam dos preços Crédito: Maysa Polcri/CORREIO
Pelo segundo ano consecutivo, a vendedora Márcia Dias, de 45 anos, foi a primeira na fila de um grande shopping de Salvador na Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (29). Com a filha de 5 anos, ela aguardava, desde as 6h30, a abertura do estabelecimento – marcada para as 7h. O movimento, no entanto, é diferente do presenciado pela baiana no passado. As longas filas foram substituídas pelo movimento escasso e reclamações sobre os preços dos produtos.
Nesta sexta (29), Márcia Dias esperava que os clientes formassem longas filas antes de a entrada no Salvador Shopping ser liberada, mas ela foi a primeira a chegar. Meia hora antes da abertura, ela era uma das 10 pessoas que esperavam em frente ao estabelecimento. Às 7 horas, a fila era um pouco maior: cerca de 40 pessoas entraram assim que o shopping abriu.
O principal destino dos primeiros clientes foi a Lojas Americanas – uma das sete que foram abertas uma hora antes da abertura “oficial” do shopping. Márcia Dias tinha expectativa de comprar logo cedo um ventilador para sua loja, na Boca do Rio. “No ano passado a fila estava muito maior. Por isso eu vim cedo, para garantir meu lugar logo quando abrir”, falou animada.
Para clientes que caçavam ofertas nesta manhã, a diminuição do público tem relação com os preços dos produtos. É o que acredita Marilene Santos, de 60 anos.
Ela aproveitou o costume de acordar cedo para chegar ao shopping antes da abertura. Diferente de outros anos, não precisou ficar na fila. Aguardou as portas abrirem sentada em um dos bancos em frente ao empreendimento comercial. “O movimento caiu muito. Em outros anos, estaria lotado. Os preços não diminuem muito nem na promoção”, comentou. Marilene foi em busca de hidratantes e protetor solar.
Clientes também formaram filas curtas nas primeiras horas da manhã em outros shoppings da Região Metropolitana de Salvador. Erivania Brandão, de 26 anos, aproveitou o desconto de 21% em fraldas, no Salvador Norte.
“Fiquei sabendo ontem da promoção de fraldas e já aproveitei para comprar lenço umedecido, sabão líquido e amaciante. A fralda que, normalmente, custa R$ 38, hoje está por apenas R$ 30”, comemorou. A vendedora lembrou ainda que a Black Friday coincidiu com o pagamento do 13° salário.
Elba Lobo, 34, que estava em busca de um celular novo, acredita que o movimento deve aumentar ao longo do dia. Por isso, decidiu garantir a compra logo cedo, antes do trabalho. “Quando o pessoal for recebendo o 13°, o movimento deve aumentar”, disse.
A origem da Black Friday remonta aos anos 1950, na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos. Na época, policiais usavam o termo para descrever a aglomeração de pessoas que buscavam ofertas no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças.
Atualmente, o dia é marcado por promoções em lojas de todo o Brasil. “Só vale a pena comprar, se tiver mais barato. Se eu perceber que os preços tão iguais, não levo nada e volto para casa”, resumiu Marilene Santos.