Sem UPAs em Camaçari, presidente do Sindmed dispara: vagabundagem merecia cadeia

Com duas UPAs fechadas e filas que não param de aumentar, a cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, amarga uma das piores crises da Saúde no município. Em entrevista concedida ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (21), o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), Francisco Magalhães, revelou que há cerca de 16 ações no Ministério Público da Bahia contra gestores públicos que estão, segundo Magalhães, em descaso com a Saúde pública. 
 
No início do ano, a prefeitura de Camaçari fechou duas UPAs – uma de Abrantes e outra de Monte Gordo. Na época, foi informado à imprensa que seriam realizadas obras de manutenção nas Unidades de Pronto Atendimento, com previsão para início no dia 1º de novembro, e término para 15 de dezembro, portanto, 45 dias. “Essa vagabundagem merecia cadeia. Os prefeitos fecham UPAs e a população é quem sofre com isso”, disparou Francisco Magalhães, que não soube informar se, de fato, as UPAs estão em reforma ou não. “Já tivemos com o prefeito e secretário e eles disseram que estão arrumando a casa. Infelizmente, em todo o interior você encontra isso”, ressaltou.
 
Ainda segundo o presidente do Sindmed, ações civis públicas foram movidas contra os maus gestores, “mas infelizmente a Justiça é lenta”. Ainda conforme o Sindmed, há cerca de 16 ações contra estes gestores. O presidente do Sindmed não citou quais são estes gestores. 
 
No último dia 10, os neonatologistas, profissionais do ramo da pediatria que cuida dos recém-nascidos, das maternidades Albert Sabin, Tsylla Balbino, Hospital Geral Roberto Santos e Iperba, anunciaram que irão suspender os atendimentos a partir do dia 17 de novembro. A decisão foi tomada em assembleia promovido pela categoria que busca junto ao governo do estado a atualização dos contratos. Conforme o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed) os profissionais estão com contratos irregulares há mais de dois anos, após o Tribunal de Contas apontar indícios de irregularidades nos contratos e o Ministério Público do Estado anunciar a necessidade de regularização dos vínculos. Com isso os salários estão atrasados. “O prazo dos contratos irregulares, agora, já expirou e a Sesab continua inerte, deixando os neonatologistas na completa incerteza sobre sua relação de emprego e sequer se terão remuneração no final do mês. Muitos já acumulam três ou quatro meses sem salário. Como se não bastasse o clima de angústia, os médicos vem sendo assediados pelo Tribunal de Contas, recebendo ameaças por conta dos contratos ilegais, de iniciativa da Sesab”. (Bocãonews)
 

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