Seminário defende políticas de proteção e reconhecimento de bens culturais

 Seminário defende políticas de proteção e reconhecimento de bens culturais

Com o intuito de discutir conceitos e processos de reconhecimento de bens naturais e culturais, o Conselho Municipal de Política Cultural de Lauro de Freitas (CMPC), por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), promoveu nesta sexta-feira (26), o seminário “Educação Patrimonial”, no plenário da Câmara Municipal, no Centro. A atividade contou com a participação de membros dos poderes Executivo e Legislativo, entidades e sociedade civil.

O seminário foi aberto com a exibição do documentário “Memórias de Santo Amaro de Ipitanga”, uma produção cinematográfica de alunos da Escola Municipal Ana Lúcia Magalhães, além da apresentação da mestra da cultura popular, dona Aidê. Temas como a definição de patrimônio, a importância da salvaguarda e de que modo bens populares podem ser identificados, foram debatidos com o público.

Reconhecimento institucional e desenvolvimento de políticas de salvaguarda, são necessidades apontadas pelo presidente do CMPC, Alcides Jorge dos Santos, como fatores indispensáveis para a preservação de patrimônios. “Este seminário é pontapé inicial para ampliarmos as discussões sobre educação patrimonial no município. Lauro de Freitas possui um arcabouço cultural e tradicional, entre equipamentos históricos e manifestações, que precisam ser preservados além de reconhecidos”, disse ao chamar atenção para a sensibilização do poder público.

Daiana Sacramento, coordenadora de Educação Patrimonial do IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), apresentou conceitos sobre a temática do seminário. “O processo de educação patrimonial voltado a proteção começa com a sensibilização das pessoas. É a própria sociedade que reconhece um patrimônio. A partir daí existe uma atuação dos órgãos responsáveis, através de estudos, para tombamento ou registro especial”, explicou. O secretário de Cultura e Turismo, Manoel Carlos dos Santos, também reforçou a importância de se debater o trabalho educacional centrado no patrimônio cultural.

Entre o diálogo sobre bens culturais materiais, que são elementos palpáveis, arqueológicos e paisagísticos, o conceito e questões relacionadas a patrimônio imaterial foram tratados por Milena Tavares, diretora de Patrimônio e Humanidades da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Na sua apresentação, patrimônio imaterial está ligado a política e domínios de vida social que possuem continuidade histórica e constituem referência cultural, relevante para a memória e identidade e formação da sociedade.

Em Lauro de Freitas, a Igreja Matriz de Santo Amaro do Ipitanga foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) por sua importância cultural, assim como os terreiros Ilê Axé Ajagunã, São Jorge Filho da Goméia e Ilê Axé Opô Aganju são reconhecidos pelo IPAC. O seminário de “Educação Patrimonial” também buscou refletir ações que garantam a preservação da memória e estrutura física destes equipamentos, e de valorização de manifestações tradicionais.

Jornalista Laerte Santana

Foto Rafael Magno

ASCOM Prefeitura de Lauro de Freitas

26/07/2019

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