Simões Filho: Vereador flagra hospital de campanha instalado há 35 dias sem nenhum atendimento a pacientes com coronavírus
O vereador, médico e ex-secretário de Saúde de Simões Filho, Dr. Alfredo Assis alega ter sido impedido de vistoriar o hospital de campanha de enfrentamento ao coronavírus, montado na área externa da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Em entrevista gravada ao site Página Simões Filho, Alfredo conta que esteve espontaneamente na tarde desta terça-feira (29) na UPA do CIA, para verificar a funcionalidade do hospital de campanha montado pela prefeitura local, mas foi impedido por funcionários na presença do próprio prefeito, Dinha Tolentino, sob a alegação de que a chave do equipamento de saúde não estava disponível.
De acordo com o parlamentar, como profissional da área de saúde, sua maior preocupação é que a cidade não comporte o número crescente de casos de coronavírus ou que, as unidade de saúde que estão em funcionamento fiquem saturadas e não tenham como suportar outras patologias.
“Minha preocupação é que nós temos 14 casos, só aqui no Cia são 3 , então a cidade precisa ter a tranquilidade de um lugar já específico para isso, porque não se morre só de coronavírus e as pessoas com outras patologias têm receio de sair de casa, porque podem se misturar com os infectados, disse ele”.
Outra questão levantada pelo vereador é com relação a demora para o funcionamento do hospital de campanha, já que a estrutura está montada a mais de um mês e até agora a unidade não foi aberta.
Conforme informações apuradas pelo Informe Notícias, a prefeitura contratou a empresa responsável pela instalação da estrutura do hospital de campanha pelo valor global de R$ 390. 000,00 com dispensa de licitação. O contrato tem vigência de 90 dias, contados a partir da data de 25/03/2020.
Se contabilizado por diárias, a estrutura está sendo mantida pelo valor aproximado de R$ 4.300,00 todos os dias, mesmo sem ainda está funcionando.
Sobre esse aspecto, Dr. Alfredo questiona a gestão e pede esclarecimentos ao prefeito Dinha e à secretária de Saúde, Iridan Brasileiro.
“O que é preciso para abrir essa unidade, aumentar o número de infectados ou ter alguma morte? Não é isso que eu desejo, eu sempre quis o bem de Simões filho e todo mundo é testemunha disso. Eu quero saber quando?, qual é a previsão? se já tem profissional capacitado, se já fez seletivo? Isso porque estamos tendo custos e porque precisamos ter tranquilidade”, declarou ele.
Assista à entrevista:
Fonte: Informe Notícias