STF vê ‘armadilha midiática’ e Bolsonaro acirra crise institucional

 STF vê ‘armadilha midiática’ e Bolsonaro acirra crise institucional

O Supremo Tribunal Federal viu “armadilha midiática” na ida do presidente Jair Bolsonaro até a corte com um grupo de empresários. Na avaliação de ministros da corte, Bolsonaro a usou para mostrar a um importante setor da economia nacional —o da indústria — que não está sozinho no embate com autoridades pela flexibilização do isolamento social e, consequentemente, pela reabertura da economia. 

O incômodo foi tamanho que Toffoli cuidou, em estilo cordial, de responder ao presidente. Em sua fala na reunião, Toffoli disse ver a “necessidade de um planejamento organizado na retomada da economia” e que “essa coordenação do Poder Executivo junto com ministros de estados e municípios é fundamental”. Sugeriu ainda um “comitê de crise envolvendo a federação e poderes e empresariado”.  

A reação nos bastidores do STF ajudou a sustentar a reação de Bolsonaro, que apontou no final da tarde que “parte da responsabilidade também é parte do Supremo”.

A troca de farpas ocorre no dia seguinte a outra crise crise nos bastidores. Os ministros-generais do Palácio do Planalto, Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) foram intimados a depor pelo ministro do STF Celso de Melo, que deixou claro que se eles se recusarem serão conduzidos coercitivamente. Ontem, os generais haviam mandado recado a Toffoli de que consideraram desnecessária a forma e que iriam deixar claro a insatisfação durante os depoimentos na investigação que apura a acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que Bolsonaro tentava interferir na Polícia Federal.

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