Temer diz que Brasília ‘foi atacada pelos que desprezam a democracia’

 Temer diz que Brasília ‘foi atacada pelos que desprezam a democracia’

Brasília – O presidente Michel Temer participa da cerimônia de assinatura da medida provisória do Programa de Manutenção e Geração de Empregos, no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

A despeito da mais grave crise política desde que assumiu a presidência, Michel Temer reiterou sua posição de que o “Brasil não parou e não vai parar”.

Em coluna para o jornal Folha de S. Paulo, o presidente afirmou que sete medidas provisórias foram recentemente aprovadas pelo congresso a respeito das reforças trabalhistas. Segundo ele, a medida foi realizada na semana passada, “quando a Esplanada dos Ministérios foi atacada pelos que desprezam a democracia e buscam impor sua vontade pela violência”.

“Isso é manter a governabilidade -e não foi trivial fazê-lo em meio ao grande tumulto orquestrado contra Brasília na última quarta-feira (24). A serviço das reformas, às quais me dedico desde o primeiro dia na Presidência, coloquei minha experiência de três mandatos como presidente da Câmara e empenhei mais de 35 anos de vida pública. Para cumprir seu trabalho, todo governante precisa ouvir o povo e seus representantes no Parlamento -tarefa complexa, sobretudo em tempos adversos”, escreveu.

Segundo Temer, é a concentração de esforços e o compromisso com a agenda reformista que “fez o país avançar”.

“Sei que todos esperam avaliações sobre este momento de crise. Gostaria de frisar que a Constituição é realmente o nosso único guia. É ela que determina o exercício harmônico e independente dos Três Poderes. É a Constituição que garante também nossos direitos políticos, e, antes de tudo, a proteção aos direitos individuais. Democrata que sou, vejo a liberdade de expressão ser extrapolada por interpretações voluntaristas, sem amparo na rigorosa apuração dos fatos”, afirmou.

O presidente reforça a importância da aprovação das reformas para o futuro do país. “Não me desviarei de entregar ao meu sucessor, em 2019, um país em condições bem melhores do que recebi. Sem as reformas, o Brasil não se sustentará. Todos, inclusive a oposição, sabem disso”, disse.

Temer termina a coluna reafirmando que a renúncia não está em causa: “A mim, reafirmo, compete continuar trabalhando pelo Brasil, como faremos neste Fórum de Investimentos. Porque não podemos parar: o futuro é agora”.

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