Temer espera ampliar votos a favor para barrar 2ª denúncia

Ainda que os prognósticos não apontem para um resultado diferente do esperado, o governo Michel Temer conversa nas últimas 48h, com um grupo de 40 parlamentares, para que a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) seja barrada com uma margem confortável.
A intenção é que o mandato possa prosseguir sem a perda do apoio político, para que medidas, como a reforma da Previdência, sejam aprovadas no Congresso nos 14 meses que restam. A planilha de apoiadores do governo já tem 20 votos a menos do que a análise da primeira denúncia, que foi barrada com 263. Para ser aprovada a denúncia, são necessários pelo menos 342 votos entre 513 deputados.
Entre os 40 deputados alvo do Planalto, a maioria integra os partidos chamado de “centrão”, liderados pelo PP, PSD, PR e PRB. De acordo com o G1, o custo dos votos desses deputados passa pela liberação mais acelerada dos valores da máquina pública para obras, a efetivação de apadrinhados em cargos federais e outras demandas.
Para aumentar o apoio, Temer exonerou dez ministros na última semana, entre eles o articulador político do governo, Antônio Imbassahy (PSDB-BA). Assessores do presidente afirmam que Imbassahy é importante para botar panos quentes na relação entre Michel Temer e Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Câmara.