Temer poeta e Gisele aposentada viram piada para apresentador

 Temer poeta e Gisele aposentada viram piada para apresentador

O apresentador e humorista John Oliver acompanhou de perto a crise política brasileira, que renderam diversos vídeos irônicos, viralizados pela internet. Agora, foi a vez da abertura da Olimpíada, no Rio de Janeiro, ser tema do britânico em seu programa semanal Last Week Tonight With John Oliver, exibido pela HBO.

Oliver fez piadas especialmente com a cobertura de emissoras americanas e sugeriu que os jornalistas do canal NBC teriam “acabado com o estoque de caipirinhas”. Em um dos momentos, ele mostrou a apresentação de uma das jornalistas que elogiou a participação de Gisele, mas avisou que este seria “o último desfile” da modelo. “O que? Eles vão matar a Gisele?”, brincou o apresentador com o comentário fora de contexto, antes de sugerir que talvez a top seria enviada para uma fazenda onde pudesse curtir a natureza.

O inglês também não perdoou os políticos brasileiros. “A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi afastada do cargo por suspeita de corrupção e não compareceu à abertura. Ele então leu uma fala de Dilma ao jornal espanhol El Mundo, que dizia: ‘você vai fazer uma festa, trabalhou nela por anos, organizou tudo e, então, no dia da festa, alguém aparece e toma seu lugar. Na história dos jogos, eu sou a Cinderela’”.

Ele então refuta: “Esse comentário é absurdo, primeiro porque a Cinderela não organizou o baile. Quem fez a festa foi a relações-públicas do príncipe, para afastar os rumores de que ele era gay.”

“No lugar de Dilma, o presidente em exercício Michel Temer estava lá, mas ele também não é muito popular”, explicou o apresentador ao falar sobre as vaias destinadas a Temer na abertura dos jogos. “Essas vaias fazem sentindo: primeiramente, ele não foi eleito e está tentando aprovar uma série de medidas de austeridade e, segundo, ele é um poeta que lançou um livro chamadoAnônima Intimidade, que apresenta esse poema”, diz Oliver, antes de recitarVermelho, um dos textos da edição. “De vermelho/ Flamejante/ Labaredas de fogo/ Olhos brilhantes/ Que sorriem/ Com lábios rubros/ Incêndios/ Tomam contam de mim/ Minha mente/ Minha alma/ Tudo meu/ Em brasas/ Meu corpo/ Incendiado/ Consumido/ Dissolvido/ Finalmente/ Restam cinzas/ Que espalho na cama/ Para dormir.”

“O que é relevante neste poema? Nada. Mas o que é relevante mesmo é que a sua musa inspiradora é a sua esposa, Marcela, que é 42 anos mais jovem que ele. Ele tem 75, ela 33 anos”, diz o apresentador enquanto mostra uma imagem do casal. “Ao menos políticos americanos na faixa de 70 anos, quando colocam a mão em mulheres de 30, fazem isso com suas próprias filhas. Tenha um pouco de classe, Brasil!”, ri Oliver, enquanto a tela de fundo mostra uma foto de Donald Trump com sua filha Ivanka, 34 anos.

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