“Tenho medo de ser impedida de trabalhar como Mariele foi”, desabafa vereadora após prestar queixa por ameaça sofrida em sessão

 “Tenho medo de ser impedida de trabalhar como Mariele foi”, desabafa vereadora após prestar queixa por ameaça sofrida em sessão

A vereadora Luciana Tavares (PCdoB), da cidade de Lauro de Freitas, prestou queixa na 23ª DT contra o também vereador Gabriel Bandarra (PSC), o Tenóbio, por perseguição e ameaça. Em videos que circulam na Internet, a edil foi ameaçada e agredida verbalmente pelo colega de Câmera durante a sessão da última quarta-feira (4). Em dos momentos do vídeo é o possível ouvir Tenóbio falar “sua sorte é que você é mulher, senão já tinha te dado uns tapas há tempos”.

“Eu venho sofrendo perseguição e ataques desse vereador (Tenóbio) por muito tempo. Há um ano eu já havia registrado aqui uma ocorrência por conta de uso indevido de minha imagem e de ataques as minhas falas que ele faz costumeiramente nas sessões”, relatou a vereadora na saída da delegacia.

A última ocorrência aconteceu após a vereadora apresentar uma proposição que solicitava à prefeitura a incorporação de uma área privada desocupada, localizada na comunidade de Vila Nova, no bairro de Portão, fosse incorporada ao poder público e passasse a ser utilizada para oferecer cultura, esporte e lazer à população.

“De repente esse vereador me interrompe e começa a dizer que minha proposição era uma maluquice e que eu não poderia propor aquilo. Baseado em que? Pois se conhecesse a cidade, estatuto a lei orgânica do município saberia que a prefeitura pode incorporar uma área privada abandonada ao poder público para que sirva ao bem comum e coletivo”, pontuou a vereadora.

Após pedir que um dos assessores do vereador Tenóbio parasse de gravar sua imagem para fins indevidos, Tavares relata que o parlamentar do DEM partiu pra cima dela gritando e dizendo que gravaria sim. Após ameaças e intimidação, outros parlamentares defenderam a Luciana Tavares e acalmaram os ânimos.

Tavares destaca ainda os ataques verbais constantes à ela feitos por Tenóbio durante a sessão. “Ele já me chamou de vagabunda, pomba suja, alma sebosa e diversos outros xingamentos no plenário. Não ofendeu só a mim mas também outros Vereadores e Vereadoras”, desabafou.

Temendo por sua integridade física, a edil declara prestar queixa é um pedido feito há muito tempo por seus eleitores que temem que coisas mais graves aconteçam.

“É uma violência verbal, psicológica, emocional e agora política. Por eu ser mulher não vou poder continuar fazendo meu trabalho por que esse vereador me ameaça? Eu sou mulher e tenho um longo trabalho com a população mas eu não pretendo ser a próxima Mariele Franco, que eu tenho muito respeito, porque alguém que tem ódio de mim pode tentar impedir o meu trabalho. Eu não quero ser impedida de trabalhar por nenhuma questão de violência política e de gênero”, finalizou.

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