Testemunhas relatam que jovem morto no Rio Vermelho tinha caido de balaustrada
A Polícia Civil ouviu nesta última sexta-feira (15) testemunhas que teriam visto o produtor de eventos Leonardo Moura, 30 anos, cair da balaustrada na orla do Rio Vermelho, em Salvador, na manhã do último dia 9.
As informações, repassadas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), são de moradores das imediações da praia do Alto da Sereia, onde o rapaz foi encontrado desacordado na areia, segundo um pescador. Leonardo morreu 48 horas depois, no Hospital Geral do Estado (HGE), em razão de uma parada cardíaca.
“Uma das testemunhas contou que viu Leonardo andando na calçada, cambaleando, sozinho, e, instantes depois, já estava caído de bruços na areia da praia, bem onde fica uma vala de esgoto”, afirma a delegada Mariana Ouais, titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), que investiga o caso.
As declarações, de acordo com a delegada, coincidem com as informações passadas à central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em depoimento a Mariana Ouais, socorristas relataram terem sido chamados para atender um caso de queda próximo ao Sukiaki, por volta das 6h10.
O técnico Márcio Santiago, o primeiro a chegar ao local, disse que Leonardo estava sentado na praia, na companhia de policiais militares que auxiliavam no socorro. Os PMs também serão ouvidos pelo DHPP. “Ele estava lúcido. Perguntei nome, idade, endereço e ele respondeu tudo”, narrou.
O socorrista disse que, ao perguntar o que havia acontecido, Leonardo lembrava apenas que estava caminhando na calçada. Sobre possíveis sinais de agressão, Santiago disse não ter visto nenhum hematoma no corpo do produtor.
Prima desconfia da versão
“Continuo sem acreditar que ele tenha caído. Cadê a carteira e o celular dele? Quero ver as imagens das câmeras”, disse Carolina Moura, prima de Leonardo, ao ser informada pela reportagem sobre a informação de que Leonardo teria caído da balaustrada.
Segundo peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), a altura entre a estrutura e o chão é de 4,7 metros. “Tenho que saber que altura foi essa que fez ele ficar com escoriações roxas pelo corpo, os olhos ensaguentados e o rim dilacerado”, disse Carolina.
O DHPP aguarda imagens, prontuários do Samu, do HGE e laudos do DPT. Com informações Alexandre Santos.