‘Tinha que assumir que estava errado e que não é gripezinha’, diz Wagner sobre Bolsonaro
O senador Jaques Wagner (PT-BA) declarou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (1º), que o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez um “movimento mais racional” em pronunciamento na TV ontem (31), mas defendeu que ele deveria ter assumido que errou ao classificar o novo coronavírus como uma gripezinha.
“Ele ontem fez movimento mais racional. Ele deve ter percebido que o gabinete do ódio não tá ajudando ele. Então o ídolo dele já mudou. Ontem foram mais de 700 mortes nos EUA. Aí o cara teve que entender que estava falando bobagem e voltou atrás. Apesar de achar indevido usar palavra dos outros para se desculpar, até porque o cara da Organização Mundial Saúde fala pelo mundo. Tinha que assumir que estava errado e que não é gripezinha’, defendeu.
Wagner ainda reclamou da demora do presidente em sancionar a renda emergencial de R$ 600 aprovada pelo Congresso.
“Nós do congresso já fizemos nossa parte, votamos a renda básica propuseram R$ 200 e botamos R$ 600. Foi uma briga. Viramos a R$ 600 e pode chegar a R$ 1200. Aí o cara tem dois dias e não sanciona a lei”, disse.
O senado declarou que a crise causada pela doença no país e em todo o mundo deve ser prioridade no momento, em lugar das disputas políticas.
“Acho uma mesquinharia alguém querer fazer fatura política em um momento onde o povo não quer ouvir outra coisa senão: ‘cadê minha renda básica, cadê meu leito de UTI, minha segurança e da minha família, etc. Para mim, não tem que ter duas preocupações, só tem que ter uma. Eu fico abismado como tem gente que quer trançar politíca eleitoral, quem é que vai faturar ou não? Não pense que a população não está enxergando essa coisa”, afirmou.