Tradição e alegria encerram os desfiles de blocos no Festival de Arembepe

 Tradição e alegria encerram os desfiles de blocos no Festival de Arembepe

Nem a chuva e nem o céu nublado foram capazes de diminuir o entusiasmo dos foliões, no último dia do Festival de Arembepe 2025. O Circuito Bruno Lima se encheu de cores, ritmo e muita animação, embalado pelo melhor do samba raiz, axé e da lambada, mantendo viva a tradição dos blocos que fazem dessa festa um marco cultural na Bahia.

O primeiro bloco a passar pelo circuito foi Os Nego de Maria, comandado pelo Grupo Movimento. Com sambas consagrados, a banda fez o público cantar e dançar ao longo do percurso. Entre os foliões, Sílvio Santos, que há mais de dez anos participa do bloco da saudosa Maria, destacou a importância da festa. “O bloco já é uma tradição em Arembepe, levando muita alegria e diversão para o povo em plena segunda-feira”, ressaltou.

Já Caboclinho, um dos vocalistas do Grupo Movimento, celebrou a oportunidade de participar da festa e enalteceu o valor do samba raiz no festival. “É uma honra estar aqui no Festival de Arembepe, cantando no bloco tradicional e levando muito samba de roda para nossa gente”, disse.

Em seguida, foi a vez da banda Mambolada comandar o trio do bloco Tô Mentindo?, que desfila desde o ano 2000, trazendo consigo um rico legado cultural. Uma das fundadoras do bloco, Dona Sibelia Bispo, relembrou a origem curiosa do nome. “O bloco surgiu de uma brincadeira. Minha casa funcionava como bar, e os pescadores que vinham beber ficavam horas conversando e sempre repetiam: ‘Tô mentindo?’. Foi daí que veio o nome”, contou, entre risos.

O samba continuou e arrastou foliões como Maria da Glória, carioca radicada na Bahia há 40 anos. Para ela, o bloco é um reencontro de amigos e um momento de pura diversão. “Essa é a segunda vez que participo, e a alegria é a mesma. Rever amigos, rir, dançar e brincar juntos, na paz, é o que faz essa festa ser tão especial”, comentou.

Já a artista plástica Lenin, que mora em Arembepe, há 25 anos, destacou a energia contagiante do bloco. “Eu amo essa musicalidade, esse conjunto de elementos que arrasta uma multidão animada e feliz”, disse, empolgada.

Outro destaque foi o bloco Arembepuã, que mais uma vez levantou o público ao som da Banda Arembepuã e Convidados. O vocalista Washington Carvalho celebrou a oportunidade de participar do festival. “Estamos felizes por fazer parte desse momento, mais uma vez, trazendo um repertório completo de muito samba de roda e levantando esse público lindo”, afirmou.

Para fechar o desfile com chave de ouro, o bloco As Abelhinhas, tomou conta do circuito, embalado pelo axé contagiante de Pincel Reis e Banda, garantindo uma despedida memorável para o Festival de Arembepe 2025.

Foto: Patrick Abreu e Juliano Sarraf

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