Turismo Metropolitano: o papel de Lauro de Freitas na RMS

*Por Luciano Campos

img_9447.jpgA Setel (Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer) colaborou com a pesquisa que o Turismólogo Luciano Campos começou a realizar desde o início de 2014. Luciano naquele ano, dedicou os seus estudos à atividade turística na Região Metropolitana de Salvador, mais precisamente em Lauro de Freitas. 

Nesse primeiro ano, quando da construção do seu trabalho de conclusão do curso de graduação (TCC), Luciano deu maior atenção à relação entre Lauro de Freitas e Salvador, num estudo que visou, além de verificar o que previam as políticas públicas do setor a esse respeito, propor uma relação mais efetiva entre Lauro de Freitas e Salvador, no que toca a atividade turística. Isto fundamentado no ideal de regionalização e compartilhamento de boas práticas, previsto no Plano Nacional de Turismo (PNT) desde 2003 e fortalecido a partir do estabelecimento dos 65 destinos indutores – uma vez, dos cinco que a Bahia possui, dois deles estão situados na RMS (Salvador e Mata de São João).

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O ingresso na pós-graduação stricto sensu permitiu a ele, aprofundar o estudo já iniciado na graduação. O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Urbano da Universidade Salvador (UNIFACS) proporcionou ao Turismólogo a ampliação de visão a respeito da problemática do turismo no município, de modo a entendê-lo numa perspectiva regional, afinal, a atividade não respeita limites intermunicipais, pelo contrário, sua extensão se dá em razão da forma como os atrativos estão territorialmente dispostos.

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Entendendo que qualquer tipo de proposição ao desenvolvimento do setor no município deve se pautar no entendimento de seu estado atual. Sua dissertação, intitulada Turismo Metropolitano: o papel de Lauro de Freitas na RMS, tem como objetivo central analisar o papel de Lauro de Freitas/BA na dinâmica da Região Metropolitana de Salvador, no âmbito do turismo. Para isto, dá-se atenção especial aos processos de industrialização e a consequente dinâmica demográfica que teve grande impacto sobre Lauro de Freitas nas três últimas décadas do século passado. O município apresenta um crescimento populacional vertiginoso (dos pouco mais de 10 mil habitantes de 1970, Lauro de Freitas entra nos anos 2000 com 113.543 habitantes, apresentando no censo de 2010 uma população de 163.449), além de uma total alteração em sua matriz produtiva – hoje centrada no comércio e serviços, também resultante do aumento populacional. Importante ressaltar que o desenvolvimento de Lauro de Freitas até meados da década de 1990, se deu à revelia do próprio município, que sofreu influências diretas e indiretas de seus municípios de entorno. 

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Todos esses elementos influem para o comportamento da atividade turística em Lauro de Freitas, que é prenunciada desde a emancipação do município na década de 1960, pelo fluxo de veranistas oriundos especialmente da capital. Hoje, além de capitar fluxos dos destinos de seu entorno, Lauro de Freitas se beneficia de sua localização privilegiada, com acesso facilitado tanto ao Aeroporto quanto aos centros industriais dos municípios ao redor, notadamente Camaçari.

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Justamente sobre essa realidade que se ocupa a dissertação dele, numa perspectiva não apenas analítica, mas propositiva, que, entendendo o comportamento atual de Lauro de Freitas no que tange à atividade, propõe um melhor posicionamento com vistas a atualizar seus potenciais e catalisar a ação da gestão municipal da atividade.
Num cenário de escassa produção científica acerca do município, sobretudo a direcionada à atividade turística, torna-se evidente a relevância desse estudo, por refletir um incômodo meu enquanto turismólogo, pesquisador e cidadão de Lauro de Freitas que visa contribuir para a melhor condução da atividade no município.

* Luciano Campos

Turismólogo (UNEB), Mestrando em Desenvolvimento Regional e Urbano (UNIFACS) e apaixonado por Lauro de Freitas.

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