Twitter acata decisão do STF e bloqueia contas internacionais de bolsonaristas

 Twitter acata decisão do STF e bloqueia contas internacionais de bolsonaristas

A estratégia de bolsonaristas para manter contas na rede social Twitter não funcionou. Depois de STF (Supremo Tribunal Federal), por meio do ministro Alexandre de Moraes, decretar que elas fossem bloqueadas no Brasil no dia 24 de julho, muitos mudaram as configurações de localização para outros países e continuaram a publicar mensagens sem bloqueios.

Contudo, a plataforma acatou outra decisão do ministro, dada na quinta-feira (30), e decidiu tirar do ar internacionalmente as contas de influenciadores, empresários e políticos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Sara Winter, líder de um grupo armado de extrema direita, por exemplo, xingou o ministro do STF no mesmo dia nas redes sociais. Ela chamou Moraes de “cabeça de piroca” e “ditador de merda” em sua conta bloqueada para o Brasil.

Depois do bloqueio, desabafou em nova conta: “Fui censurada no MUNDO! Ajudem a compartilhar essa mensagem: existem presos políticos e censurados no Brasil! Darei centenas de entrevistas na América Latina e Estados Unidos para denunciar tais abusos! DITADORES VÃO CAIR!”, escreveu.

Figuras como o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), o blogueiro Allan dos Santos e os empresários Luciano Hang (da Havan) e Edgard Corona (das academias Smart Fit), alvos de investigação no âmbito do inquérito das fake news, também tiveram suas contas suspensas. O inquérito das fake news investiga ameaças e disseminação de notícias falsas contra integrantes do STF nas redes sociais e representa um dos principais pontos de tensão entre o Palácio do Planalto e a corte.

Em nota, o Twitter classificou a ordem como desproprocional e anunciou que recorrerá da decisão de bloqueio. “O Twitter bloqueou as contas para atender a uma ordem judicial proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora não caiba ao Twitter defender a legalidade do conteúdo postado ou a conduta das pessoas impactadas pela referida ordem, a empresa considera a determinação desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão vigente no Brasil e, por isso, irá recorrer da decisão de bloqueio”, escreveu a empresa em nota de sua assessoria de imprensa enviada ao Painel, da Folha de S.Paulo.

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