Universidades federais enfrentam novo contingenciamento com liberação parcial de verbas até dezembro

 Universidades federais enfrentam novo contingenciamento com liberação parcial de verbas até dezembro

Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

As universidades federais do Brasil enfrentam mais um ciclo de contingenciamento orçamentário após a entrada em vigor do Decreto 12.448/2025, que retirou R$ 2,5 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC). O decreto do governo federal determina o parcelamento das despesas da pasta, afetando diretamente o repasse de recursos às instituições de ensino superior.

De acordo com o novo cronograma, os repasses mensais às universidades serão fracionados em 18 parcelas, das quais apenas 11 serão efetivamente liberadas até novembro — o que representa cerca de 61% do orçamento previsto para 2025. Os valores restantes só devem ser pagos em dezembro. Apesar de o MEC afirmar que o orçamento das universidades não foi reduzido, a própria pasta admite que o fluxo de liberação será feito em três blocos: maio, de junho a novembro, e dezembro.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou profunda preocupação com a medida, alertando que a limitação da execução orçamentária inviabiliza o funcionamento pleno das universidades. Instituições como a UFRGS e a UFPB já iniciaram cortes operacionais — com redução de viagens, restrições ao uso de transporte, cortes na manutenção e aquisição de equipamentos. Há temor generalizado de que a restrição no fluxo financeiro comprometa a assistência estudantil, o pagamento de bolsas, contratos terceirizados e até serviços essenciais como energia e água.

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