Vacinação em massa em países mais pobres poderá ocorrer só em 2024

 Vacinação em massa em países mais pobres poderá ocorrer só em 2024

Um estudo publicado nesta segunda-feira (2) pela Duke Global Health Innovation Center, nos EUA, constata que os países ricos e alguns emergentes já reservaram 3,8 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para seus habitantes, além de terem feito opções concretas de compras futuras de outras 5 bilhões de doses. A informação é do colunista Jamil Chade, do portal UOL.

Se a busca por proteção é legítima, a disparidade e a falta de uma ação global podem deixar milhões de pessoas sem a vacina, destaca a publicação. Para especialistas, ao reservarem grande parte da capacidade de produção de vacinas do mundo, esses governos poderão estar deixando enormes proporções das populações de países mais pobres sem o produto por anos, principalmente na África e Ásia. Segundo o estudo, esse segmento poderia ter de esperar de dois a quatro anos para finalmente ter acesso completo às vacinas. A projeção é de que apenas em 2024 a capacidade de produção de vacinas será suficiente para abastecer o mundo.

Só o governo americano já comprou ou reservou 810 milhões de doses, superior às necessidades para cobrir toda sua população. Foram mais 600 milhões para a Índia e outros 400 milhões na UE, sem contar com as encomendas nacionais de cada um dos 27 países do bloco. Com 340 milhões de doses, o Reino Unido foi outro que já comprou mais vacina que necessitaria para imunizar toda sua população, contra mais de 358 milhões para o Canadá, volume suficiente para vacinar cinco vezes toda a população do país.

No caso do Brasil, os cálculos apontam para 196 milhões de doses já asseguradas.

No total, o levantamento revela que 2,2 bilhões de doses foram encomendadas pelos países ricos, contra 544 pelos emergentes e 740 milhões pelos países de renda média.

O volume é superior a tudo o que o consórcio mundial Covax conseguiu até agora comprar — 500 milhões de doses.

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