“Variante da Rouquidão” acende alerta no Brasil com sintomas ligados à Covid-19

Uma nova variante da Covid-19, identificada como XFG e já apelidada popularmente de “variante da rouquidão”, vem chamando a atenção de autoridades de saúde brasileiras. Diferente das cepas anteriores, ela apresenta um sintoma incomum como sinal precoce: a alteração da voz. Casos registrados no Piauí, Ceará e Rio de Janeiro mostram que muitos pacientes relatam rouquidão logo nos primeiros dias da infecção, acompanhada de dor de garganta, tosse persistente e cansaço.
A descoberta da cepa ocorreu após a confirmação de óbitos relacionados à nova variante. Em um dos casos, o paciente apresentou os sintomas típicos e, nos exames laboratoriais, foi constatada a presença da XFG. Para confirmar a infecção, os diagnósticos seguem o mesmo protocolo dos demais tipos de Covid-19, com testes RT-PCR e análises genéticas realizadas em laboratórios centrais e instituições de referência como a Fiocruz.
Apesar da preocupação causada pelo ineditismo do sintoma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o risco global adicional da XFG como baixo. Até o momento, não há indícios de que a variante seja mais agressiva do que as anteriores ou que fuja da proteção oferecida pelas vacinas. Ainda assim, especialistas reforçam a necessidade de atenção da população para sinais de rouquidão persistente, mesmo que não venham acompanhados de febre ou dores no corpo, a fim de evitar a disseminação silenciosa da doença.
As recomendações seguem as já conhecidas: manter a vacinação em dia, usar máscaras em locais fechados ou de aglomeração, procurar atendimento médico em caso de sintomas e manter cuidados básicos como hidratação, repouso vocal e ambientes arejados. Para os pesquisadores, a criação de novos comandos de vigilância epidemiológica será essencial para monitorar o avanço da variante e compreender seu impacto real na saúde pública.