Venezuelanas assistidas pelo CRAI Lauro de Freitas aprendem a fazer acarajé

 Venezuelanas assistidas pelo CRAI Lauro de Freitas aprendem a fazer acarajé

O cheiro de dendê na cozinha do Centro de Referência e Apoio aos Imigrantes de Lauro de Freitas (CRAI) anunciou que no local uma especialidade da gastronomia afro-brasileira estava sendo preparada. É que nesta quinta-feira (30), mulheres venezuelanas, assistidas pelo equipamento social, aprenderam a fazer a tradicional comida baiana: o acarajé. 

Na oficina, desenvolvida pelo Centro de Referência de Segurança Alimentar (Cresan) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc), as mulheres conheceram de técnicas de boas práticas de alimentação a processos de preparo do bolinho feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite de dendê.

Além de terem tido contato com o preparo do acarajé, que passou por modelagem da massa, fritura e finalização para servir, as venezuelanas ainda aprenderam como preparar acompanhamentos, entre eles o vatapá, o caruru, e a pimenta. Técnicas de enrolar abará também foram ensinadas pela equipe de Márcio Brito, do empreendimento Acarajé do Marcinho. 

A coordenadora do CRAI, Elisangela Pinheiro, explica que a oficina é uma oportunidade de aproximar as assistidas da culinária baiana. “Além de trazer a cultura, também é uma possibilidade delas adquirirem conhecimentos que podem levar a uma geração de renda, a autonomia financeira”, disse. 

Para uma das participantes da oficina, Yusmelys Fajardo, a oficina é uma porta para conhecer melhor o Brasil. “Estou há seis meses em Lauro de Freitas e ainda estou me adaptando com tudo aqui. Conhecer como o brasileiro faz o alimento é uma oportunidade, porque um dia eu posso trabalhar em cozinha e tendo esse conhecimento já ajuda”, explanou. 

A assistida Raquel Florez já experimentou o acarajé em outra oportunidade. Para ela, a novidade foi o abará. “Aqui estamos aprendendo sobre o preparo dessas comidas baianas. Eu já tinha visto como se faz o acarajé nessas barracas. O abará é que nunca comi e não tenho ideia de como é feito, mas estamos conhecendo aqui, como no caso do vatapá e caruru”, relatou. 

Mais capacitações

Neste ano de 2023, a Semdesc já levou os assistidos pelo CRAI para outras capacitações. Com garantia de transporte, lanche e certificação, os beneficiados já passaram por cursos profissionalizantes no Senac de Unhas em Gel, Unhas em Fibra, Alongamento de Cílios, Design de Sobrancelhas e Comunicação para o mundo do Trabalho. 

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