Vereadores eleitos em Candeias são acusados de fraudar cota de gênero e podem perder o mandato
No município de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, dois partidos (PL e Solidariedade) lançaram três supostas candidaturas laranjas, para cumprir a cota de 30%, conforme exige a legislação eleitoral.
Alana Vitória dos Santos Nascimento (PL), recebeu apenas 8 votos e não fez campanha efetiva, apenas postou um card de campanha nas redes sociais, após membros do partido orientá-la a movimentar a página porque estava sendo investigada.
Segundo informações do portal local Tia Cândia, Elenice dos Reis dos Santos (PL), obteve 1 voto e também não fez campanha. Ela mandou confeccionar 10 mil santinhos e teria recebido uma doação de um cabo eleitoral com uma nota fiscal “fria” para divulgação de conteúdo, o que não ocorreu.
Rebeca Silva (Solidariedade), recebeu 5 votos e, apesar de ter mais de 10 mil seguidores nas redes sociais, não divulgou sua campanha. Ela fez campanha para o prefeito eleito Eriton Ramos (PP). Sua movimentação financeira foi mínima, com apenas R$ 735 em material gráfico doado pelo PP.
Após as eleições, as três candidatas teriam tentado disfarçar suas candidaturas apontadas como “laranjas” com ações tardias nas redes sociais. No entanto, segundo o portal, as investigações já estavam em andamento.
Depois das eleições, após saber que estava sendo investigada, a candidata teria postado na sua ‘bio’ do instagram o seu número de urna e desarquivado três vídeos de campanha da majoritária com a sua participação, editando na legenda também o número da urna, para ludibriar a Justiça Eleitoral quanto a sua participação nos atos efetivos da própria campanha, o que não correu na prática.
Segundo o site de notícias, advogados da área Eleitoral ajuizaram uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na Justiça Eleitoral de Candeias, pedindo a cassação dos mandatos dos quatros vereadores eleitos, Cássio Vinícius e Diego Maia, ambos do SD, e Davi Moura e Joazi Maia, do PL.