Vídeo mostra moradores de cidade baiana desenterrando carne clandestina em aterro sanitário; assista

 Vídeo mostra moradores de cidade baiana desenterrando carne clandestina em aterro sanitário; assista

As imagens são chocantes: mostram moradores da cidade de Teixeira de Freitas, a cerca de 800 Km de Salvador, sendo flagrados desenterrando uma carne clandestina, apreendida durante fiscalização, do aterro sanitário da cidade. O alimento havia sido considerado impróprio para consumo humano e foi enterrado como forma de descarte, seguindo orientações legais.

O vídeo foi compartilhado pelo site local Sul Bahia News e mostra as pessoas retirando as carcaças da terra para suas casas. “Vamos limpar ela direitinho e ver o que dá pra fazer, né?”, diz um dos homens que pegava a carne.

Segundo a reportagem, as imagens foram gravadas na última quinta-feira (23/7). Nesta segunda (27/7), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) publicou uma nota dizendo que fez uma fiscalização na cidade um dia após a publicação do vídeo, na sexta (24/7). O órgão afirma que encaminhou o produto para ser enterrado em aterro sanitário legalizado, seguindo todas as precauções necessárias e previstas na legislação.

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Para o diretor da Adab, Maurício Bacelar, o vídeo das pessoas desenterrando as carcaças foi usado como manobra política. “O que nos deixa estarrecidos é assistir pessoas tentando tirar proveito político da fragilidade de uma parcela da população. Pessoas que, de uma maneira inadvertida, foram lá tentar aproveitar aquela carne como alimento, estão sendo utilizadas com objetivos políticos. Isso é inadmissível”, reclamou.

Cerca de 20 carcaças bovinas foram apreendidas. “No ato da apreensão, as carcaças estavam em péssimas condições de acondicionamento, sem nenhum sistema de refrigeração, apresentando alta temperatura, muito além dos 7ºC regulamentados pela legislação sanitária, em estado de putrefação e não foi apresentando nenhum documento que identificasse a origem do produto. Comercializar carne nessas condições é crime”, diz o diretor.

Antes de enterrado, o alimento passou por um tratamento com creolina, que pode aumentar ainda mais o risco de infecção, caso a carne fosse consumida. Segundo o Sul Bahia News, o aterro sanitário é utilizado como fonte de alimentação para diversas famílias.

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