Vilas-Boas alerta sobre testes em farmácias: ‘Se der negativo, não quer dizer nada’

 Vilas-Boas alerta sobre testes em farmácias: ‘Se der negativo, não quer dizer nada’

Anvisa autorizou a realização de exames rápidos fora de laboratórios e clínicas, mas há possibilidade de “falso negativo”

O secretário de Saúde na Bahia, Fábio Vilas-Boas, demonstrou preocupação com a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de autorizar a realização de testes rápidos para o novo coronavírus (Covid-19) em farmácias e drogarias.

Por se tratar de um auxiliar do diagnóstico, sem finalidade comprobatória, existe a possibilidade de os exames apresentarem “falso negativo”. E é justamente esta a preocupação do chefe da pasta, que vê na iniciativa um avanço, mas alerta que é preciso ser feito da maneira correta.

“Sem orientação adequada, pode fazer com que aqueles que testarem negativo achem que estão sem a doença, quando o valor preditivo negativo desse tipo de teste é baixíssimo. O resultado do teste positivo possui maior valor que o negativo. Simplificando: se der negativo não quer dizer nada. Se der positivo, você deve procurar o sistema de saúde para confirmar com o RT-PCR [detecção direta do vírus em secreção respiratória]”, explicou, por meio de publicação no Twitter, nesta quarta-feira (29).

Entidades nacionais da área de saúde também demonstraram não ser 100% de acordo com a determinação da Anvisa, anunciada na terça (28). Em nota conjunta, associações, confederações e sociedades brasileiras indicaram a baixa eficácia do teste.

Acrescentam ainda que, “dentro do contexto da pandemia, todos os resultados de exames relacionados à Covid-19 devem ser notificados às autoridades sanitárias” e que, “sem a certeza de que essas informações serão compartilhadas, a realização em massa desses testes perde seu valor no auxílio da condução de ações de combate à disseminação do novo coronavírus”.

Desse modo, sugeriram que vigilâncias sanitárias municipais e estaduais fiscalizem a realização dos testes rápidos. Fábio Vilas-Boas disse que o Estado avalia se adota ou não a recomendação. “Estamos estudando”, afirmou.

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