Vilas-Boas prevê avanço do coronavírus em municípios que flexibilizaram restrições

 Vilas-Boas prevê avanço do coronavírus em municípios que flexibilizaram restrições

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, fez um alerta na manhã desta terça-feira (16) para o risco de colapso nos municípios que vêm flexibilizando as medidas restritivas para conter o avanço do novo coronavírus. Segundo o secretário, a abertura de atividades não essenciais no atual momento da pandemia “inevitavelmente” potencializará a disseminação da doença.

“Nós todos estamos muito preocupados com o que está acontecendo em alguns municípios, que estão saindo da orientação geral do Estado. Preocupados porque esses municípios acabarão, inevitavelmente, atraindo pessoas de toda a região. Nós teremos uma população flutuante muito superior à população do município. Se a pessoa não pode ir numa loja no município do lado, ela vai buscar o comércio do município que está aberto. Isso vai levar a mais contágio, mais pessoas precisarão de hospitais”, afirmou Vilas-Boas em um comunicado divulgado pela pasta.

Dentre as cidades que afrouxaram as regras de quarentena em meio decreto estadual que vigora nos 117 municípios,  Ilhéus e Itabuna, por exemplo, liberaram comércio de rua, shoppings, academias, igrejas, bares e restaurantes.

A determinação do governo baiano é que apenas segmentos como supermercados, farmácias e postos de gasolina, por exemplo, possam funcionar entre  20h e 5h. A medida, que foi prorrogada no último fim de semana, visa desafogar o sistema de saúde e, sobretudo, a fila de doentes à espera de vagas de UTI —hoje, 86% dos leitos estão ocupados, conforme atualização mais recente.

De acordo com Vilas-Boas, para evitar um cenário ainda mais grave, os prefeitos do interior precisam retroagir em suas decisões.

“Nós temos já algumas cidades realmente próximas de entrar num colapso. E aí a palavra está bem aplicada, porque alguns municípios não se programaram para o volume de oxigênio necessário em algumas unidades e, nos últimos dias, nós tivemos muita dificuldade em apoiar alguns municípios em situação muito crítica. Tivemos que tirar pacientes de estruturas, transferir para outros hospitais, simplesmente porque o oxigênio iria acabar dentro de 24 horas. Nós estamos preocupados, nós recomendamos aos prefeitos que não saiam da regra geral, porque isso vai acabar retornando contra seus próprios munícipes”, acrescentou o secretário.

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