VIRTUDES PARA A CONVIVÊNCIA NA ADVOCACIA COLABORATIVA

 VIRTUDES PARA A CONVIVÊNCIA NA ADVOCACIA COLABORATIVA

Vivemos um momento de arbitrariedade, violência e sofrimento nas nossas relações humanas. Nossas mentes têm se habituado a enxergar as relações como batalhas entre dois times adversários. Poderíamos dizer que, muitas vezes, nossas relações são, na verdade, pouco humanas! Na seara jurídica, temos nos esforçado, cada vez mais, para trocar a lógica de vencedor x perdedor de um litígio por soluções colaborativas dos conflitos.

Assim, como podemos viver melhor, de modo a harmonizar e resolver nossos problemas, de maneira mais humanizada?

Em primeiro lugar, podemos trazer à consciência a importância do respeito, cordialidade, e cortesia em nosso trato. Podemos sim nos posicionar, até mesmo brigar, mas não de forma vulgar! Buscar nossos direitos, nossas afirmações, ter as nossas convicções, mas fazê-lo com dignidade. Nos perguntemos diariamente: quão respeitoso, cordial e cortês consigo ser com as pessoas no meu dia-a-dia, diante das pressões, cansaços, vicissitudes?

 

O fato é que, só por estarmos vivos, e em sociedade, precisamos exercitar a convivência. Conviver é viver junto; viver e deixar viver. Seja com nossa família, sócios, clientes e, até mesmo com nossos “opositores”, cabe a nós aprender a colocar nossas ideias com a devida suavidade, o devido tom, com as palavras corretas, para que elas cheguem no interlocutor da maneira mais respeitosa. Estes são fatores que precisamos exercitar, pois exigem, inicialmente, uma tomada de decisão, além de aprendizado, treinamento e cultivo das nossas melhores virtudes. E o façamos sem esperar que a iniciativa parta dos outros! Isso porque, no momento em que me posiciono como um profissional com vontade de realizar uma advocacia colaborativa, me esforço, então, para ser um exemplo vivo, mudando a minha própria mentalidade como primeiro passo, de modo a concretizar a colaboração e a não violência na minha profissão e, em todos os demais campos da minha vida prática.

 

Este não parece um caminho que traz muito mais realização profissional e pessoal?

 

Dra Flávia Rosane Sousa de Oliveira, advogada especialista em Ciências Criminais, membro da Comissão de Mediação, Arbitragem e Práticas Colaborativas da OAB Lauro de Freitas e voluntária da Organização Internacional Nova Acrópole

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