Vitória da Conquista: Após Prefeitura recusar ampliação de toque de recolher, Rui diz que PM fará decreto ser cumprido

 Vitória da Conquista: Após Prefeitura recusar ampliação de toque de recolher, Rui diz que PM fará decreto ser cumprido

Depois que a Prefeitura de Vitória da Conquista emitiu comunicado informando que não irá cumprir o decreto estadual que amplia o toque de recolher na Bahia, o governador Rui Costa (PT) pediu “o máximo de rigor da Polícia Civil e Militar” na cidade.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia, nesta segunda-feira (22), Rui informou que, antes de mudar o início do toque de recolher das 22h para as 20h, telefonou para algumas prefeituras, entre elas a de Vitória da Conquista, que está sob o comando da vice-prefeita Sheila Lemos (DEM), visto que o prefeito Herzem Gusmão (MDB) segue internado se recuperando da Covid-19.

A prefeita em exercício teria relatado ao governador a situação caótica de Vitória da Conquista, incluindo a escassez de leitos de UTI para pacientes infectados pelo novo coronavírus. Diante do relato, mesmo após comunicado oficial da Prefeitura, Rui disse que fará com que o decreto estadual seja cumprido com rigor.

“Falei com a vice-prefeita Sheila, que está respondendo pelo Município, e não foi essa a informação que ela me deu ao telefone. A vice-prefeita disse que só tinha três leitos de UTI disponíveis. Já pedi o máximo de rigor da Polícia Civil e Militar em Vitória da Conquista. Será feita blitzes em diversos bairros da cidade”, disse Rui.

O governador sinalizou ainda que a decisão da Prefeitura de recuar e não acatar o decreto do Estado tem motivação política. “Está não é uma boa hora para fazer política. É hora para cuidar da vida humana. Eu vi as imagens de Vitória da Conquista com bares lotados, todo mundo assistindo as partidas de futebol em diversos bares. As pessoas não podem se dar ao privilégio de acharem que podem se aglomerar em bares enquanto temos pessoas morrendo e os leitos se esgotando”, declarou à TV Bahia.

Em seguida, fez um apelo: “Peço a contribuição de todos. Caso contrário, teremos gente desesperada gritando na porta de UPAs e de hospitais procurando leitos e não vão encontrar. Conquista está com quase 100% de leitos [ocupados]. A rede privada também está esgotada”.

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