Ação já resgatou 14 pessoas de trabalho análogo à escravidão na Bahia este ano, diz superintendente, Jones Carvalho

 Ação já resgatou 14 pessoas de trabalho análogo à escravidão na Bahia este ano, diz superintendente, Jones Carvalho

O superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia  (SJDHDS), Jones Carvalho, informou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (1º), que a ação da pasta já resgatou 14 pessoas de trabalho análogo à escravidão na Bahia neste ano.  Outros 18 baianos foram resgatados em Minas Gerais. 

Os dados foram divulgados na semana da campanha “Coração Azul”, em combate ao tráfico de pessoas. Para alertar a população sobre o problema, a secretaria promove ações de conscientização na BR-324 e rodoviária. 

Jones explica que o tráfico de pessoas pode englobar vários tipos de violações de direitos.  “Tem diversas partes. Tem tráfico de crianças e adolescentes para adoção ilegal, tem exploração sexual, tem trabalho análogo ao trabalho escravo. Inclusive aqui na Bahia a gente tem feito alguns resgates de trabalhadores análogos a escravos. Só esse ano, já foram 14 pessoas e vieram 18 baianos que foram resgatados em Minas”, declarou. 

Segundo ele, a população pode ajudar por meio do Disque 100 e pode fazer denúncias anônimas.  Ele alerta que muitas vezes há situações de trabalho que parecem normais, mas não são.

 “Ano passado, em dezembro, nós resgatamos uma trabalhadora doméstica. Ela foi levada para casa aos sete anos e foi resgatada aos 37. E agora ela está estudando e fazendo EJA (Educação de Jovens e Adultos), mas são 30 anos perdidos. Agora ela está morando com a família e está vivendo, porque ela passou 30 anos servindo a um casal que se achava no direito de ter uma pessoa como um escravo dentro de casa. Então infelizmente, em pleno século XXI, ainda é uma coisa que acontece com certa frequência e a sociedade não sabe o que está acontecendo”, alerta. 

O superintendente destaca ainda que os traficantes se aproveitam de situações de vulnerabilidade e oferecem saída “mágica” para um problema que estejam vivendo, não necessariamente ligado a dinheiro.

“Temos o caso de uma jovem grávida atraída em um site dizendo que iria cuidar do filho, ela acreditou e quando viu estava em carcere privado e o bebê ia ser traficado. Com ela, talvez exploração sexual ou tráfico de órgãos, não sabemos qual o plano que tinham para ela. Ela conseguiu fugir e conseguimos fazer com que ela voltasse ao convívio da família”, pontua. 

Metro1

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