Apreensões de cocaína no Porto de Salvador somam R$ 300 milhões

 Apreensões de cocaína no Porto de Salvador somam R$ 300 milhões

Somente este ano, a Polícia Federal e a Receita Federal deram um prejuízo de R$ 300 milhões às quadrilhas que vem usando o Porto de Salvador como uma das rotas do tráfico internacional de drogas. Nesses sete meses, foram apreendidas pouco mais de uma tonelada da droga. A situação mais recente aconteceu neste domingo (18), quando mais de 200 quilos de cocaína foram encontrados misturados à uma carga de cerâmica, dentro de um contêiner.  

Segundo o delegado Rodrigo Mota de Andrade, da Delegacia de Repressão do Crime Organizado da PF, a cocaína que chega ao Brasil através dos portos não é para consumo interno. “O que temos apurado é que os portos brasileiros têm sido usados como rota. Geralmente a droga chega do Peru, Bolívia ou Colômbia para abastecer a Europa”, declarou o delegado.  

Geralmente, as cargas de droga entram no Brasil pelas fronteiras nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por meio de pequenos aviões, veículos (carros e caminhões) e posteriormente são embarcadas em portos brasileiros.  

“Pela quantidade e valor das apreensões não resta dúvida que se trata da atuação de quadrilhas internacionais bem estruturadas. Nosso objetivo é agora descobri quem são os traficantes e o destino real das cargas”, disse o delegado. Este ano até agora ninguém foi preso.  

Manaus

No ano passado não houve apreensão de cocaína no Porto de Salvador. “O que aconteceu foi que as ações foram concentradas também em navios que passavam pelo Porto de Salvador, mas que não descarregam e nem carregam. Os chamados navios de cabotagem, que apenas transitam pelos portos brasileiros”, justificou Marcone Andrade, auditor fiscal e chefe substituto da Divisão e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal. 

Os 200 kg de cocaína apreendidos no domingo vieram do Porto de Santos, o maior do país. “Depois passou pelo porto do Rio de Janeiro, há uma semana, e chegou em Salvador. A carga seguiria para outros portos do Nordeste até chegar em Manaus, destino da carga”, explicou Marcone. 

O método usado pelo transporte da droga é a técnica criminosa conhecida por rip-off loading, em que a droga é inserida em uma carga regular, sem o conhecimento do proprietário. “O que acreditamos é que a carga é contaminada no trajeto ao porto. Normalmente a mercadoria sai de uma fábrica para um centro logístico que vai organizar a carga, colocando-a dentro de contêiner para então seguir transportada para o navio”, declarou Marcone. 

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre LF News -

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading