Argentina detecta sete chamadas de satélite que podem ser de submarino

 Argentina detecta sete chamadas de satélite que podem ser de submarino

O Ministério da Defesa argentino informou na noite deste sábado (18) que foram detectadas ao menos sete tentativas de chamada por satélite que podem ser do submarino desaparecido ARA San Juan.

As chamadas, com duração entre quatro e 36 segundos foram recebidas entre 10h52 e 15h42, em diferentes bases da Marinha Argentina, mas o contato não chegou a ser estabelecido, disse o governo em comunicado.

Com a colaboração de uma empresa americana especializada em comunicação por satélite, o trabalho agora é de tentar determinar a localização precisa do emissor de sinais, antes de determinar que se trata do submarino que leva a bordo 44 tripulantes.

O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina a cerca de 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país). Ele se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.

Neste sábado, o Ministério da Defesa brasileiro informou que enviou três embarcações para a região das buscas: o navio de socorro submarino Filinto Perry, a fragata Rademaker e o navio polar Maximiano.

O ministro Raul Jungmann disse também que o Comando da Aeronáutica colocou à disposição dos argentinos um avião C-105 de busca e salvamento e um quadrimotor de patrulha marítima de longa distância P-3.

  Telam/AFP  
Picture released by Telam on November 17, 2017 showing the ARA San Juan submarine in Buenos Aires. The Argentine submarine is still missing in Argentine waters after it lost communication more than 48 hours ago. / AFP PHOTO / TELAM / ARGENTINA'S DEFENSE MINISTRY / - Argentina OUT / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / TELAM - MINISTERIO DE DEFENSA " - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Foto de novembro do ARA San Juan em Buenos Aires

A Argentina aceitou ajuda ainda dos Estados Unidos, que enviarão o avião explorador da NASA P-3, que estava estacionado na cidade do sul de Ushuaia e se preparava para partir para a Antártica.

O Reino Unido também ofereceu apoio nas buscas pelo ARA San Juan e disponibilizou um avião Hércules que opera nas ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos).

Outros países que manifestaram ajuda ao governo argentino foram Uruguai, Chile, Peru, e África do Sul, segundo informações do jornal argentino “Clarín”.

“A detecção tem sido difícil apesar da quantidade de barcos e aeronaves” envolvidos na busca, disse o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, observando que ventos fortes e altas ondas estão complicando as buscas.

“Esperamos que esteja na superfície”, disse Balbi.

O San Juan foi completado em 1985, e passou por uma longa revisão para lhe dar mais 30 anos de vida útil que acabou em 2013.

O presidente argentino, Mauricio Macri, disse que o governo estava em contato com as famílias da equipe.

“Nós compartilhamos sua preocupação e a de todos os argentinos”, escreveu no Twitter.

“Estamos comprometidos em usar todos os recursos nacionais e internacionais necessários para encontrar o submarino ARA San Juan o mais rápido possível”.

As autoridades argentinas evitam usar o termo “perdido” ou “desaparecido”.

“A última informação oficial e confiável é de que o submarino ainda não foi encontrado. Não é que esteja perdido: para estar perdido, você tem de procurá-lo e não encontrá-lo”, afirmou Balbi. 

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