Assembleia Legislativa reverencia memória de Fidel Castro

 Assembleia Legislativa reverencia memória de Fidel Castro

O líder cubano Fidel Casto, uma das personalidades mais marcantes do Século XX, recebeu homenagem póstuma, na manhã de ontem, dia 24, em sessão especial realizada na Assembleia Legislativa. Proposto pelo deputado Marcelino Galo (PT), o evento marcou um ano da morte do “comandante”, como se referem a ele os simpatizantes, e reuniu parlamentares, militantes de esquerda, representantes de sindicatos e outras organizações sociais. Os cônsules de Cuba, Portugal, Espanha, Grécia e Uruguai, além do embaixador cubano no Nordeste, Rolando Gomes Gonzáles,  também marcaram presença. Durante a semana, a Casa Legislativa sediou ainda a Exposição Fidel é Fidel, com 17 registros históricos feitos por Roberto Chile.

Primeiro a falar na sessão, Marcelino logo fez referências ao dia  26 de julho de 1953, quando o jovem advogado Fidel Alejandro Castro Ruz, juntamente com outras 165 pessoas, executam a tomada ao quartel-general de Moncada, em Santiago de Cuba, e ao quartel de Cespedes, para pegar armas e derrubar a ditadura de Fulgencio Batista. “Ali o mundo era apresentado a uma das maiores personalidades do século, Fidel Castro, posto em liberdade dois anos depois da tentativa frustrada de tomar Moncada”, observou.

Para Marcelino, a revolução cubana é um dos maiores acontecimentos do século passado. “A sua construção é obra de milhares de mãos. Entretanto, é inegável o papel de liderança e o protagonismo de seu comandante em chefe, Fidel Castro, primeiro-ministro de 1959 a 1976 e presidente, entre 1976 a 2008, além de primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba de 1961 até 2011”, reforçou o petista.
Marcelino lembrou o carinho especial que Fidel tinha pela Bahia e a dívida que, segundo ele, o estado tem com o líder cubano. “A Bahia, Estado que Fidel visitou algumas vezes, e onde manteve durante sua vida grandes laços de amizade, muito lhe deve e deve ao povo cubano”, afirmou, acrescentando que “843 médicos cubanos estiveram presentes em 315 municípios baianos, vinculado ao programa Mais Médicos. Esta é uma contribuição verdadeiramente solidária e humana que nenhum outro País jamais deu ao nosso Estado”.
“Hoje, reverenciamos a memória e a vida de um homem que alinhou a teoria à prática, e enfrentou o maior império mundial, sem temer as consequências e superando as dificuldades com a força de seu exemplo e a dedicação de um povo que aprendeu a ser livre, e não se deixou jamais voltar a condição anterior”, acrescentou ele.

Em espanhol, o embaixador Rolando Gonzáles agradeceu ao deputado pela sessão especial e lembrou que, na Assembleia Legislativa, já foram realizadas outros atos “emocionantes de apoio ao povo cubando e contra o genocida bloqueio econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos ao nosso país”.  Assegurou ele: “Nunca vamos esquecer as mostras de amizade que nos compromete em avançar no estreitamento dos vínculos entre nossos povos”.

Para o embaixador do país caribenho, não há lugar melhor lugar para uma homenagem a Fidel do que na capital baiana. “Salvador foi a cidade o Brasil mais visitada pelo comandante”, atestou Gonzáles. “Aqui ele sempre foi muito bem recebido e dessa cidade ele guardou um especial carinho”. Segundo ele, foi por esse carinho com a cidade que, no momento de decidir pela sede do consulado geral para o Nordeste, Fidel optou por Salvador. Isso também explica, acrescentou, a razão a vinda de mais mil  doutores cubanos para a Bahia, através do Programa Mais Médicos.

Gonzáles definiu Fidel como um soldado das ideias, um guerrilheiro de seu tempo. “Seus ideais permanecerão presentes, enquanto existir o capitalismo, enquanto existir saqueadores e exploradores da riqueza dos povos”. Ele contou ainda que o homenageado sobreviveu a mais de 600 atentados promovido pelos Estados Unidos contra ele. “O regime que os Estados Unidos pretenderam derrotar, sem nunca conseguir, está presente em cada alegria e triunfo do povo cubano, e também em cada adversidade e tristeza”.
O legado deixado por Fidel Castro foi lembrado em todos os outros discursos que, com pequenas variações, terminavam sempre com o grito: “Viva Cuba, viva Fidel, viva a revolução”. A representante da Associação Cultural José Martí, Ivone de Souza, foi uma das que destacou a história do líder cubano. “Ao longo dos seus 90 anos, Fidel vivenciou e fez uma rica e vasta história, na escola, ruas, campos de batalha, no comando da Sierra Maestra, nas trincheiras do pensar, no saber”, afirmou. “Seu exemplo é inspiração para os que sonham com um mundo comum, uma terra sem amos, sem fome, justa, igual para todos, a internacional”.

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