Atenção: cinco mentiras e uma verdade sobre o Enem de 2017

 Atenção: cinco mentiras e uma verdade sobre o Enem de 2017

Neste domingo (5), começa o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, a principal forma de acesso ao ensino superior no Brasil. Para esta edição, a prova passou por várias alterações e, em meio às mudanças, muitos boatos acabaram sendo disseminados pelas redes sociais. A Lupa checou alguns deles. Veja o resultado:

“A prova do Enem é realizada no mesmo fim de semana, uma parte no sábado e outra no domingo”Recortes-Posts_FALSOA partir de 2017, o Enem passa a ser aplicado em dois domingos consecutivos – e essa é uma das principais mudanças na prova. Antes, o exame era realizado em um único final de semana. No sábado, os estudantes respondiam às questões de Ciências Humanas e da Natureza. No domingo, enfrentavam questões de Português, Matemática e Redação. A ordem das provas também mudou: no primeiro dia, serão aplicadas as de Ciências Humanas, Português e Redação. Matemática e Ciências da Natureza ficaram para o encerramento.


“Treineiros não poderão mais fazer o Enem”

Recortes-Posts_FALSOEm novembro de 2016, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, anunciou o que o Ministério da Educação estudava a possibilidade de proibir alunos do primeiro e segundo anos do Ensino Médio, os chamados “treineiros”, de fazer o exame. Para evitar que esses estudantes participassem do Enem, o Inep pretendia criar um simulado próprio para eles. A mudança visava a reduzir os custos e as ausências. Mas essas medidas não foram aplicadas à edição de 2017. No ano passado, 1.344.060 treineiros fizeram o Enem – 16% dos 8,6 milhões de candidatos. Em 2017, serão cerca de 600 mil, ou 8,9% dos 6,7 milhões de participantes.


“O Enem serve para obter um diploma de Ensino Médio”

Recortes-Posts_FALSONão mais. De 2009 a 2016, os candidatos com mais de 18 anos podiam usar o Enem podia para obter o certificado de conclusão do Ensino Médio. Na inscrição da prova, faziam esse registro. Para conseguir o título, eles precisavam atingir 450 pontos em cada área de conhecimento e fazer 500 pontos na redação. No ano passado, 1,03 milhão de pessoas tentaram esse caminho e 80 mil delas (7,7%) conseguiram. A partir do Enem de 2017, no entanto, isso não será mais possível. Agora esse grupo deverá fazer o Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

 

“A nota do Enem não serve para faculdades estrangeiras”

Recortes-Posts_FALSOEm 2014, o Inep fechou um convênio com universidades portuguesas para que o exame também fosse aceito por lá. A princípio, só as universidades de Coimbra e Algarve faziam parte do programa. O acordo, no entanto, foi se expandindo e, atualmente, 27 instituições portuguesas abrem vagas para brasileiros via Enem. Vale ressaltar, no entanto, que não existe qualquer auxílio financeiro do governo brasileiro para esses estudantes.


“Foi proibido levar lanche para a prova”

Recortes-Posts_FALSONão há proibição para o consumo de alimentos no local de prova. O que há de novo é que, a partir da edição deste ano, os lanches também serão vistoriados pelos fiscais. Lápis, lapiseira e borracha são itens proibidos. Canetas que não sejam transparentes também estão vetadas.


“Se eu escrever um poema na redação, ela é zerada”

RECORTES-POSTS-VERDADEIROO objetivo da redação é avaliar se o aluno consegue desenvolver um tema dentro da estrutura exigida pela prova, que é a dissertação argumentativa. O participante deve expôr seu ponto de vista sobre o tema, defendê-lo com argumentos e sugerir uma proposta para solucionar os problemas identificados por ele. Por isso, pelas regras do Enem, escrever propositalmente uma parte desconectada do tema – como a redação do miojo, em 2013 –, ou um poema, pode significar zero na redação.

As provas também são anuladas quando ocorrer fuga total ao tema, desobediência à estrutura, cópia integral dos textos de apoio e redação integral em língua estrangeira. Além disso, provas em branco, com desenhos e palavrões ou desrespeito ao mínimo de linhas também são zeradas. A última regra que anularia a redação é a de desrespeito aos direitos humanos. Atualmente, ela está suspensa por uma decisão judicial ligada ao movimento Escola sem Partido. O MEC, no entanto, orienta os alunos a seguirem o edital, pois anunciou recurso.

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