Bebê desenvolve sequelas decorrente do vírus zika após seis meses de nascimento
Um novo caso de contaminação pelo vírus da zika põe em alerta as mães de recém-nascidos que foram contaminadas pelo vírus durante a gravidez. Um artigo escrito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo trouxe o caso de um bebê nascido com o perímetro cefálico dentro da normalidade, que somente manifestou sequelas graves provocadas pela infecção seis meses depois de seu nascimento.
O artigo foi publicado na quarta-feira (24) no periódico The New England Journal of Medicine. De acordo com o estudo, a criança nasceu em janeiro desta ano, com 32,5 centímetros de perímetro cefálico e sem mostrar sinais de má-formação. No entanto, exames de imagens feitos no menino apontaram redução de estruturas cerebrais e calcificações, que são características de microcefalia. Seis meses após o parto foram observadas algumas sequelas, como atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, perda de força muscular e dificuldade de locomoção. De acordo com o Estadão, exames realizados no bebê apontaram que o vírus permaneceu em seu organismo por mais de dois meses após o nascimento.