Capacidade de produção de respiradores na China está comprometida, afirma porta-voz da embaixada no Brasil

 Capacidade de produção de respiradores na China está comprometida, afirma porta-voz da embaixada no Brasil

A China está com a sua capacidade de fabricação de respiradores artificiais comprometida devido à proibição, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, das exportações de equipamentos médicos destinados ao combate à pandemia de coronavírus. Segundo o porta-voz da embaixada chinesa em Brasília, Qu Yuhui, as empresas do país asiático não estão conseguindo importar peças e componentes para a produção e, com isso, têm dificuldades para atender à demanda internacional, inclusive do Brasil, que encomendou cerca de 15 mil respiradores.

Em meio à pandemia de coronavírus, cerca de 50 países — entre os quais os EUA e do bloco europeu — já proibiram ou limitaram exportações de equipamentos médicos, como máscaras, luvas e respiradores. Também há restrições às vendas ao exterior de medicamentos e substâncias para fabricação de remédios.

— Estamos vivendo um desequilíbrio entre a demanda e a oferta, por mais que as empresas chinesas trabalhem 24 horas por dia. A capacidade de produção da China de respiradores é limitada, principalmente de respiradores invasivos. As empresas sofrem com a falta de peças e há quebra na cadeia produtiva — disse o diplomata, acrescentando que a China tem 21 fábricas que podem produzir respiradores invasivos com capacidade de fabricação de mil equipamentos ao mês.

Segundo ele, até agora o governo chinês recebeu 248 pedidos de materiais médicos do Ministério da Saúde e de 14 governos estaduais. Em troca, Pequim forneceu aos demandantes um catálogo com todos os exportadores chineses que possam garantir qualidade e prazo para a entrega dos produtos.

— Por outro lado, notamos que nem todas as compras são feitas com a intermediação do governo da China. Muitos compradores recorrem a intermediários (tradings companies) para fazer as transações, o que é uma prática natural em circunstâncias normais. Nesse caso, pouco podemos fazer para ajudar. Os compradores devem selecionar bem esses intermediários — orientou.

Nessa mesma linha, o porta-voz afirmou que as autoridades chinesas desconheciam a encomenda feita por estados do Nordeste de 600 respiradores. Ele disse ter tomado conhecimento de que os equipamentos haviam sido retidos na alfândega dos EUA e depois revendidos para outra cidade americana.

Ele disse ter ouvido sobre a possibilidade de o Brasil enviar 40 aviões à China, para buscar equipamentos, mas afirmou não ter detalhes sobre isso. Repetiu que o governo chinês estará pronto a ajudar no que for necessário.

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