CORONAVÍRUS, O QUE NOS ENSINA?

 

Por Jones Carvalho

Vivemos uma pandemia mundial, que avança rápido e seifa vidas aos milhões, em todo o planeta.

Mas, se verdade é, tudo tem também um lado positivo, o que nos ensina o atual momento?

Primeiro, que não podemos mais maltratar o planeta, que temos que respeitar e cuidar da natureza.

 

Em segundo lugar, que a humanidade tem que agir como espécie para vencer o vírus. As fronteiras não barram a doença, tampouco sairemos dessa situação se a forma de agir não for planetária.

O terceiro ensinamento é que a solidariedade é o único caminho para a humanidade. E que a solidariedade não é algo a ser aplicado só dentro de nossas casas, mas, a ser estendida, recebida por todos e para todos. E que ser solidário não é ingenuidade, é sabedoria e humanismo.

O quarto ensinamento, diz respeito à economia e ao social. O Estado mínimo não é capaz de responder às crises humanitárias, ao contrário, as agrava. Numa crise pandêmica, somente a saúde pública é capaz de enfrentar a proliferação da doença. Na falência das economias, somente a intervenção estatal é capaz de buscar caminhos.

O quinto ensinamento, nos mostra, que as desigualdades sociais não afetam apenas os pobres. Afeta toda humanidade, posto que as condições desumanas são facilitadores de proliferação e fator de morte de semelhantes.

Tudo isso nos trás uma lição muito maior. Nos ensina que a humanidade está no caminho errado, que a segregação, a ganância, os preconceitos, nos impedem de vivermos como seres humanos, nos impedem de, efetivamente, sermos felizes.

Sim, o coronavírus é uma tragédia devastadora, mas trás no bojo dessa crise a oportunidade de nos transformarmos em seres humanos melhores. Nos trás a oportunidade de resgatarmos valores de fraternidade, igualdade e liberdade, como nos ensinaram os revolucionários franceses e todos e todas que dedicaram suas vidas a construir uma sociedade humanizada.

O grande ensinamento é que só venceremos o coronavírus se deixarmos de ser individualistas e o enfrentarmos coletivamente, como humanidade.