PIB do Brasil tem queda de 0,8%

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil caiu 0,8% no 3º trimestre de 2016 em relação ao trimestre anterior, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A previsão de bancos e órgãos econômicos era de uma queda ligeiramente maior. O IBRE/FGV previa 0,99% e o Itaú Unibanco esperava -1,1%.

É o sétimo trimestre seguido de queda, sendo que uma recessão técnica já se configura após duas quedas consecutivas.

As quedas em relação ao trimestre anterior haviam sido de 0,4% no 1º trimestre e de 0,6% no 2º trimestre.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de -2,9% – nessa medida, foi o décimo tombo seguido.

Na comparação do acumulado do ano, de janeiro a setembro, a queda do PIB é de 4% em relação ao mesmo período de 2015.

Um tombo assim não acontecia desde que o IBGE começou a série histórica há duas décadas, em 1996. Em 2015, o PIB registrou queda de 3,8%.

Pelo sexto trimestre seguido, todos os componentes da demanda caíram na comparação com igual período do ano anterior. Entram aí a o consumo das famílias, do governo e o investimento.

O IBGE diz que o cenário pode ser explicado pelo “comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período”.

Setores

Na comparação trimestral, a queda no 3º trimestre foi generalizada nos três setores: agropecuária (-1,4%), indústria (-1,3%) e serviços (-0,6%).

Dentro da indústria, o destaque positivo foi o setor de extração mineral, que cresceu 3,8% puxado pela extração de petróleo e gás natural.

Não foi o suficiente para compensar quedas grandes na indústria de transformação (-2,1%) e na construção (-1,7%), enquanto a parte de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana caiu 0,2%.

Nos serviços, houve estabilidade em atividades imobiliárias e alta de 0,1% na administração, saúde e educação pública e de 0,5% em serviços de informação.

Mas a queda foi forte em transporte, armazenagem e correio (-2,6%), outros serviços (-1,0%), intermediação financeira e seguros (-0,6%) e comércio (-0,5%).

O investimento, que havia tido uma pequena recuperação de 0,5% no trimestre anterior, voltou a cair (-3,1%).

A taxa de investimento ficou em 16,5 do PIB. As importações caíram 3,1% e as exportações caíram 2,8%.

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