“Quando a vigilância chega, mandam fazer cena”, diz funcionário do GBarbosa após mortes suspeitas de Covid-19

 “Quando a vigilância chega, mandam fazer cena”, diz funcionário do GBarbosa após mortes suspeitas de Covid-19

“Precisamos de mais atenção e cuidados. Nossos colegas merecem Justiça. O mercado só que saber de lucros”. O desabafo, anônimo, é de um homem que trabalha na loja do hipermercado GBarbosa, localizado no bairro do Costa Azul, em Salvador.

Até esta sexta-feira (29/5), a unidade já contabilizava, segundo ele, dois funcionários – um direto e outro indireto – que morreram com sintomas do coronavírus. A primeira vítima foi uma mulher, Rosana Pitta, contratada do GBarbosa. Ela estava afastada do trabalho desde o dia 16 de maio e morreu na última terça-feira (26/5). Dois dias depois, um colega dela que prestava serviços na área de bebidas também não resistiu.

“Quando a Vigilância Sanitária chega, eles [administradores] mandam os funcionários fazerem cenário para não demonstrar os erros que a loja possui. Fazem isso também quando chega a fiscalização da Justiça do trabalho”, relatou ainda um dos colaboradores.

O GBarbosa se pronunciou por meio de nota, dizendo que ainda não há a confirmação da causa da morte de Rosana. Mesmo assim, informou que reforçou as medidas de proteção contra a doença, com três limpezas gerais.

A primeira, segundo o grupo, ocorreu na quarta-feira (20/5). A outra, na segunda-feira (25/5). A mais recente foi feita nesta quinta (28/5). Ainda na nota, lamentou o falecimento da colaboradora e se solidarizou com os familiares e amigos.

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