Adeus, Seleção de Lauro de Freitas!

 Adeus, Seleção de Lauro de Freitas!

A seleção de Lauro de Freitas foi eliminada de forma precoce do Intermunicipal após empatar com a seleção de Camaçari, fora de casa, por 2 a 2. Organizada pela Federação Baiana de Futebol (FBF), a competição reúne diversas cidades do estado da Bahia com suas respectivas seleções.
A partida do último domingo (03) foi o quinto compromisso de Lauro no torneio. O time que até então havia conquistado apenas dois pontos dos dozes possíveis, respirava por aparelhos e precisava desesperadamente da vitória para seguir sonhando com uma improvável classificação. Longe dos seus domínios, Lauro de Freitas apresentou um bom futebol, chegando a estar na frente do placar com dois gols de diferença, mas com falhas individuais e a falta de experiência, cedeu o empate e se despediu da competição restando-lhe ainda uma partida a realizar.

Não conseguir uma classificação em um grupo com quatro seleções, onde segundo o regulamento, as três primeiras avançam, faltando uma partida para encerrar a primeira fase, é no mínimo vexatório para a cidade. Vale ressaltar que a escolha em disputar o campeonato com o time sub-18 do Olímpia (Equipe coordenada pelo ex-jogador do Bahia Anderson Talisca), representando o município, foi da Liga Desportiva, entidade responsável pela realização da primeira e segunda divisão do futebol amador na cidade, além da formação da seleção.
Será que os 32 times que vem disputando a primeira e segunda divisão não têm jogadores qualificados e experientes para representar o nosso município? O intermunicipal, a cada ano que passa, se torna mais disputado e para isso se faz necessário ter jogadores experientes no elenco (Já dizia o ditado popular: “Chuteira de homem não dá em menino”). A cidade merecia uma seleção melhor. É claro que a responsabilidade não pode ser toda dos garotos de apenas 18 anos, atletas que buscam uma oportunidade para realizar o sonho de se tornar um jogador profissional, e sim dos que planejaram (ou não) a participação da seleção no campeonato.
Não é de agora que Lauro de Freitas encontra dificuldades na disputa do intermunicipal. Muitas vezes por falta de maiores investimentos dos gestores e outras vezes porque a própria Liga não se encontrava apta a receber os convênios para os fins devidos. Fato é que cidades menores conseguem montar equipes competitivas e, Lauro de Freitas, ano após ano, vai ficando pelo caminho. Sem contar quando deixou de participar do torneio por conflitos de gestões. Infelizmente, lamentável.
O que resta agora é reconstruir. E a reconstrução passa por um planejamento feito por profissionais, deixando de lado a forma amadora e viciada de se fazer futebol. É preciso que se tenha uma maior organização, com maiores investimentos nas competições locais. A Liga, entidade responsável, precisa ter vida própria. Uma das saídas é buscar parcerias com empresas, obtendo recursos necessários para viabilizar a profissionalização que tanto o esporte precisa.
Por fim, é levantar a cabeça, identificar os equívocos de 2017 e voltar com outra mentalidade em 2018. Fica um aprendizado importante: a cidade e o time que a representa não podem ser reféns de interesses pessoais.

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