Avanços da Lei Maria da Penha encorajam mulheres na luta contra a violência doméstica

 

O questionamento ‘o que é ser mulher’, deu início aos debates na roda de conversa sobre os Avanços da Lei Maria Penha. A reunião de mulheres ativistas da causa feminina e feminista foi realizada na tarde desta terça-feira (19), na Secretaria de Política para Mulheres de Lauro de Freitas (SPM) e integra a programação de atividades fomentadas pelo órgão durante o mês de março.

A gestora da SPM, Bárbara Chaves afirmou que a violência doméstica é uma “doença” silenciosa que alcança todas as classes sociais. “Aqui nós acolhemos assistidas de todas as camadas sociais porque a violência não faz esta distinção. No Centro de Referência Lélia Gonzalez atendemos em 2018 mais de mil e quatrocentas mulheres vítimas de algum tipo de violência doméstica. O número é um forte indicativo de alerta sobre a situação atual que vivenciamos e deve encorajar ainda mais a nossa luta para reduzir esse índice perverso”, disse.

Conduzidas pela advogada e mestranda em violência doméstica Cintia Faleiros, as mulheres representantes do Conselho em Defesa dos Direitos das Mulheres de Lauro de Freitas, Ronda Maria da Penha, Centro de Referência Lélia Gonzalez, SPM e Comissão de Mulheres da Ordem dos Advogados do Brasil trocaram experiências sobre situações enquadradas nos diversos tipos de violência que podem ser física, sexual, psicológica, patrimonial e moral. 

Para a advogada e componente da Comissão de Mulheres da OAB Helena Posener, a necessidade de delegacias com atendimento especializado para a mulher é crucial no combate a violência contra a mulher. “Já presenciei casos de mulheres agredidas saírem de suas casas para denunciar e serem assediadas por delegados na delegacia”, contou ela em tom encorajador sobre a importância de se denunciar a violência doméstica “não só quando se é protagonista, mas também quando acontece com alguém próximo”, falou.