Clubes definem proposta para nova Copa do Nordeste em 2019

 Clubes definem proposta para nova Copa do Nordeste em 2019

Não vai haver rompimento algum. Em reunião na manhã desta quarta-feira (11), em Salvador, os clubes da Liga do Nordeste definiram que seguirão unidos e valorizando a Copa do Nordeste. Mas a competição terá que mudar definitivamente a partir de 2020, segundo a formulação dos dirigentes.

A competição de 2019, portanto, seria de transição. A reunião desta quinta serviu para definir uma proposta, que será aprovada ou não em nova reunião da Liga do Nordeste, dia 3 de maio, no Recife. Até lá, os clubes se reunirão com federações e com a CBF para conseguir mais duas datas para o regional no calendário. Se isso for aprovado, estará dado o aval para o novo formato entrar em vigor.

Qual é a proposta?

A edição do ano que vem manterá 16 times na fase de grupos e 20 no total – sem mexer na seletiva entre oito clubes prevista para este mês de abril -, respeitando os critérios de classificação definidos nos estaduais deste ano. Mas as 16 equipes serão divididas em dois grupos de oito, e não mais em quatro chaves com quatro. Os confrontos da 1ª fase serão entre um grupo e outro. Ou seja, oito jogos para cada time.

A ideia é que os grandes da Bahia, Pernambuco e Ceará – Bahia e Vitória, Santa Cruz e Náutico, Ceará e Fortaleza – fiquem em grupos diferentes. Assim, os clássicos estariam garantidos na 1ª fase. Desfiliado da Liga do Nordeste, o Sport não participou da reunião, e sua diretoria já declarou que não pretende jogar o torneio em 2019.

Quatro times avançariam para as quartas de final em cada grupo, e dois de cada chave seriam rebaixados, embora não haja uma segunda divisão propriamente dita. Quartas de final, semifinais e final seriam disputadas em jogos de ida e volta. Com isso, o torneio cresceria, excepcionalmente no ano que vem, de 12 para 14 datas.

A partir de 2020, a Copa do Nordeste passaria a contar com 12 times na fase de grupos, apenas, e 12 datas no total. Os quatro rebaixados disputariam no mesmo ano um mata-mata com outras equipes classificadas pelos estaduais. Esses confrontos seriam playoffs para definir os quatro clubes que jogariam o torneio no ano subsequente.

Está fechado?

O presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, salienta que a proposta ainda não foi aprovada. “A reunião não foi para isso. Alguns clubes apresentaram essa proposta para os demais e discutiram ela. O que foi aprovado, de fato, foram as cotas da edição 2019”, disse. Segundo ele, o formato com 12 times a partir de 2020 é um desejo dos maiores clubes da região, o chamado G7 – formado por Bahia, Vitória, Sport, Santa Cruz, Náutico, Ceará e Fortaleza -, mas ainda precisa ser melhor debatido com toda a liga.

Os clubes baianos tiveram participação determinante na reunião. O Vitória foi representado pelo vice-presidente Francisco Salles e teve posição firme na manutenção do torneio, com todos os seus participantes, e sob a organização da Liga do Nordeste. O Bahia teve a presença do vice-presidente Vitor Ferraz.

“A reunião, tanto a de ontem (terça) como a de hoje (quarta), foi muito boa. Levamos essa ideia em peso para o encontro, de preservar a liga e preservar o direito de quem está dentro da competição. E a gente conseguiu. Chegamos a um clima realmente de união, de reforçar o produto, que está cada vez mais interessante para o público e para os patrocinadores. Até chegar a ser realmente vantajoso para os clubes financeiramente”, comentou Chico Salles, vice-presidente do Leão.

“A proposta que apresentamos foi bem recebida por todos e provavelmente será aprovada. A edição de 2019 será uma transição, e em 2020 seria plenamente aplicada. Ainda deverá ser ratificada em assembleia, mas o próximo desafio será elevar o valor das cotas”, disse o presidente tricolor, Guilherme Bellintani. Segundo ele, o pleito maior do Bahia é o aumento das cotas, e a mudança do formato seria apenas um passo antes disso.

O Esquadrão também quer o retorno do Sport ao torneio, o que considera fundamental para o valor de mercado da Copa do Nordeste. “O Bahia lutará pela volta do Sport. O futebol nordestino é menor sem eles”, completou.

Premiação

A premiação a ser distribuída entre os clubes aumentará de R$ 22,4 milhões em 2018 para R$ 26,4 milhões em 2019. No entanto, esse número ainda pode crescer. Segundo os clubes, o próximo passo depois de aprovar o novo modelo, no dia 3 de maio, será procurar patrocinadores e renegociar com os já existentes. A ideia é que a competição, com os clássicos garantidos na primeira fase, terá maior valor de mercado.

Sendo assim, a distribuição que ficou acertada nesta quarta foi realizada com o valor já garantido de R$ 26,4 milhões. Os clubes passarão a ganhar muito mais na fase de grupos, ou seja, na parte garantida a todos. Por outro lado, a premiação por avançar de fases será consideravelmente menor do que em 2018.

Os clubes do grupo 1, com os quatro melhores nordestinos colocados no ranking da CBF – atualmente Vitória, Bahia, Santa Cruz e Ceará – passarão a receber R$ 1,9 milhão pela fase de grupos cada um. Em 2018, receberam R$ 1 milhão. A premiação dos grupos 2 e 3 também aumentará. Em compensação, as cotas das quartas de final, das semifinais, do vice e do campeão diminuirão.

Cotas da Copa do Nordeste 2018:

Eliminados na seletiva: R$ 250 mil

Fase de grupos:

R$ 1 milhão (do 1º ao 4º do ranking da CBF)

R$ 850 mil (do 5º ao 8º)

R$ 775 mil (do 9º ao 12º)

R$ 750 mil (vencedores da seletiva)

Quartas de final: R$ 450 mil

Semifinais: R$ 550 mil

Vice-campeão: 600 mil

Campeão: R$ 1,5 milhão

Proposta para Copa do Nordeste 2019:

Eliminados na seletiva: R$ 100 mil

Fase de grupos:

R$ 1,9 milhão (do 1º ao 4º do ranking da CBF)

R$ 1,42 milhão (do 5º ao 8º)

R$ 1,22 milhão (do 9º ao 12º)

R$ 510 mil (vencedores da seletiva)

Quartas de final: R$ 300 mil

Semifinais: R$ 375 mil

Vice-campeão: R$ 500 mil

Campeão: R$ 1 milhão

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