Com 61% de pacientes do interior, Hospital da Mulher completa um ano

 Com 61% de pacientes do interior, Hospital da Mulher completa um ano
O Hospital da Mulher (HM), no bairro de Roma, em Salvador, completou um ano de funcionamento na terça-feira (9), com números expressivos de atendimento. Mais de 73 mil consultas, 7 mil cirurgias, 190 mil exames e captação de sete córneas para transplantes foram realizados. Mulheres de 401 do total de 417 municípios do estado já passaram pela unidade hospitalar. Nesse primeiro ano, as pacientes do interior representaram 61% dos atendimentos, enquanto 39% foram da capital. 
Além da abrangência interestadual, o HM tem se destacado também na prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer de mama e ginecológico. De acordo com o diretor-geral do HM, Marco Antônio Andrade, a meta para o segundo ano é aperfeiçoar os procedimentos e as práticas hospitalares. “Para nós, é muito gratificante chegar ao fim do primeiro ano com números bastante significativos. Em 2018, nós estamos com uma agenda muito proativa”, afirma. 
Andrade explica que “para consolidar ainda mais o hospital como uma referência estadual e no Norte-Nordeste, além da parceria com o Hospital de Barretos desenvolvida pelo Governo do Estado, com quem estamos fazendo um intercâmbio de profissionais em áreas específicas, a gente pretende formalizar a qualidade do hospital em padrões também internacionais”.  
A costureira Lúcia Maria da Cruz, 51 anos, se recupera da cirurgia de retirada da mama esquerda. A paciente descobriu o nódulo a partir do autoexame e procurou um centro de saúde do bairro da Liberdade para investigar. Lá, foi encaminhada para o Hospital da Mulher, onde fará todas as etapas do tratamento. 
“Eu achei o atendimento muito bom e rápido. A gente não consegue esse atendimento em qualquer lugar. Minha expectativa é que eu seja curada. A médica me tranquilizou, disse que eu posso fazer todo o tratamento aqui. Se eu quiser fazer a reconstrução da mama, aqui também faz”, declara a costureira. 
Encaminhamento 
Todo o atendimento do HM é feito via encaminhamento por unidades básicas, e de pronto-atendimento. A dona de casa Joseane Batista vem de Entre Rios, no nordeste do estado, para realizar exames e tratar miomas uterinos. “Estou sendo bem atendida. A gente pede informação e as pessoas informam direitinho. Não tenho do que reclamar”, conta a paciente, que está na expectativa de fazer a cirurgia. 
O hospital já é considerado referência no diagnóstico e tratamento do câncer feminino. “Predominantemente, nossa população é para diagnóstico e tratamento de câncer de mama, mas nós fazemos também o tratamento de pacientes com doenças benignas das mamas. Somos a referência para os 417 municípios do estado. Nós oferecemos a reconstrução imediata, incluindo todos os materiais. É o único serviço no Brasil”, destaca o diretor de Residência Médica e coordenador do Serviço de Alta Resolução para Tratamento e Diagnóstico do Câncer de Mama, André Dias. 
Foto: Carol Garcia/GOVBA
A dona de casa Joseane Batista vem de Entre Rios, no nordeste do estado, para realizar exames e tratar miomas uterinos
(Foto: Carol Garcia/GOVBA)
 
Residência médica 
Em 2018, o HM oferecerá Residência Médica em Mastologia. “Esses residentes passarão dois anos conosco, em uma imersão de 60 horas por semana. Hoje nós já atendemos um fluxo alto. Somente o Departamento de Mastologia atendeu mais de 15 mil mulheres e realizou mais de 1,5 mil procedimentos cirúrgicos. O serviço de residência vai aumentar esse número de atendimento à medida que temos mais profissionais que precisam estar em contato com os pacientes e as patologias, bem como aprimorar os processos”, completa André. 
Para alcançar ainda mais mulheres, agora dispõe de uma unidade móvel que realiza 70 mamografias e 170 exames preventivos por dia. Mulheres que sofreram violência sexual encontram atendimento especializado, através de uma equipe multidisciplinar, e mulheres transgêneros também são acolhidas.

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