Em dia de luta, Robson Conceição quer repetir cena do filme Rocky

 Em dia de luta, Robson Conceição quer repetir cena do filme Rocky

Robson Conceição faz na noite deste sábado, 28, a sétima luta dele no boxe profissional, a segunda na temporada. Invicto, o baiano terá como oponente o mexicano residente no Canadá Alex Torres Rynn, em um duelo de oito rounds, no peso até 59,4 kg. No duelo principal do evento que será realizado na Filadélfia (EUA), os supergalos Jesse Magdaleno e Isaac Dogboe disputam o cinturão da organização Mundial de Boxe (WBO).

Igualmente focado na conquista do título mundial, o boxeador baiano ratificou estar seguindo o plano de fazer seis lutas em 2018 para então se habilitar à disputa do título da categoria superpena (até 58,9 kg). Vencendo esse número de adversários, ele espera poder desafiar o ucraniano Vasyl Lomachenko, atual campeão superpena. A previsão é de uma disputa de cinturão a partir de 2019.

O primeiro triunfo de 2018 foi obtido em fevereiro, quando o campeão olímpico na Rio-2016 venceu por pontos o americano Ignacio Holguin. Na segunda luta, enfrentará um especialista em golpes de esquerda. “Vou enfrentar um canhoto e até gosto disso. Estou muito bem preparado para os oito rounds, mas vou para cima para nocautear”, comentou.

Falando dos EUA, Conceição contou ao A TARDE que, após enfrentar Rynn, pretende ‘escalar’ os 72 degraus de pedra na entrada do Museu de Arte da Filadélfia. De preferência, ao som de ‘Gonna Fly Now’, como acontece no filme Rocky, o qual ele já perdeu as contas de quantas vezes assistiu.

“Sou fã dos filmes do Rocky, vejo desde criança. Lutar na cidade dele será uma honra, experiência muito legal. Serve como uma motivação extra para eu proporcionar um grande show aos fãs”, disse Robson, que tem a companhia do treinador Luiz Dórea.

“Robson melhorou muito na potência e eficiência dos golpes, e resistência ao tempo de luta. Quando olímpico, eram três rounds, hoje são oito. Em breve será o título mundial, com 12 rounds”, projetou Dórea, que avaliou o adversário: ”É um canhoto, forte, que busca a luta. A velocidade de Robson e sua movimentação serão os caminhos para nossa vitória”, apontou.

Assim como Robson, Rynn tem um cartel de seis lutas. Mas, enquanto o baiano está invicto, o mexicano perdeu sua última luta, para o irlandês John Joe Nevin, medalha de prata em Londres-2012.

Torcida cativa

Em Salvador, a família ficará na torcida. Só Stephanie, filha mais nova de Robson, de apenas oito meses, estará dormindo. Porém, Sophia, de três anos, garante se manter acordada para ver o pai. Quem não pisca um segundo diante da TV é a mulher do boxeador, Érica, cujo assento cativo no sofá de casa é recorrente durante as lutas do marido. O canal Combate transmitirá o evento.

“Vou preparar uma pipoca para nós duas. Fico muito nervosa”, confessou a ex-boxeadora, que abriu mão do esporte para cuidar das filhas.

A esposa do campeão olímpico revelou, ainda, que ela é sempre a última pessoa a quem Robson dá antes de subir no ringue. “Ele me liga uns 40 minutos antes da luta. Não costumamos falar sobre a luta, sempre de coisas descontraídas. Que não tirem o foco dele, que ele dê risadas”, explicou.

Para Érica, seria um sonho o título mundial ser conquistado ainda este ano, de preferência no dia 25 de outubro, quando o marido completará 30 anos. “Até hoje mesmo seria bom esse cinturão. O foco dele é esse título. Mas o plano de toda a equipe é para o começo de 2019 ele lutar por isso”, finalizou a ex-pugilista.

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