“Espetáculo Áfricas” marca integração da Semana do Bebê e do Agosto Negro
Nesta terça-feira (23), segundo dia da Semana do Bebê, aconteceu no Cine Teatro de Lauro de Freitas, Centro, a exibição do “Espetáculo Áfricas”, em conjunto com o “Agosto Negro”. A ação que é uma realização da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF), através da Secretaria de Educação (Semed), com o apoio da Superintendência de Promoção da Igualdade Racial (Supir), vai até esta sexta-feira (26).
A coordenadora da Semana do Bebê, Cristina West, diz que a integração entre o Agosto Negro e a Semana do Bebê é muito importante para que as crianças se sintam representadas e entendidas desde os primeiros anos de vida. “É indispensável passar para as crianças esses valores, de reconhecimento e respeito pelo outro e pela diversidade”, conta.
O tema desta edição da Semana do Bebê é “Criança, arte que inspira nossa ação” e que busca refletir sobre a cultura da paz e respeito, sobretudo, à diversidade. O evento é uma estratégia de mobilização social que conta com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), tem como objetivo discutir políticas para tornar o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento de crianças de até seis anos prioridade na agenda do município.
A superintendente da Supir, Ester Pinheiro, conta que a mostra cultural visa aproximar a discussão de raça e gênero das escolas. “É de suma importância falar de conscientização racial nas escolas, principalmente nos anos iniciais que é quando a criança está passando pelo processo de construção da identidade, ela precisa se reconhecer e se sentir representada naquele espaço”, revela.
Na oportunidade, também houve uma palestra acerca do tema do espetáculo com o ator Fábio de Santana do Bando de Teatro Olodum, grupo criador da peça, ele conta que este foi o primeiro espetáculo para o público infantil. “O principal objetivo da peça é desconstruir estereótipos, nós do Bando a criamos para apresentar o continente Africano para crianças. O primordial de ‘Áfricas’ é mostrar outra perspectiva e desconstruir estereótipos, principalmente para crianças que precisam de representatividade”, diz.