Ministério sugere calcular níveis de risco para afrouxar isolamento
As diretrizes do Ministério da Saúde a estados e municípios para um eventual afrouxamento ou endurecimento de medidas de isolamento social, como forma de evitar o avanço rápido da covid-19, são baseadas em um sistema de pontos que vai apontar o nível de risco de determinada região.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, apresentou nesta segunda-feira (11), de maneira parcial, a metodologia que poderá ser usada e ressaltou que são orientações.
“A responsabilidade dessa decisão cabe aos estados e municípios […] Isso não é uma imposição do Ministério da Saúde, é apenas uma ferramenta que foi desenvolvida, baseada em estudos e iniciativas que já foram feitas pelo mundo”.
A proposta de Teich é um modelo que vai considerar quatro grandes eixos, com 11 indicadores: capacidade instalada, cenário epidemiológico, velocidade de crescimento da pandemia e mobilidade urbana.
Cada item terá uma nota e, a partir dessa escala de ponto, é proposto um nível de distanciamento.
Os níveis de risco são: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto. As medidas, são, respectivamente: distanciamento social seletivo 1, distanciamento social seletivo 2, distanciamento social ampliado 1, distanciamento social ampliado 2 e restrição máxima.
O ministro, porém, afirmou que esses níveis de distanciamento serão detalhados na quarta-feira (13).
Teich se disse “surpreendido” pela declaração do presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Alberto Beltrame, que afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, que no momento não há como discutir esse plano, devido ao aumento de casos.
“A argumentação que foi colocada é um pouco diferente do que foi colocado para mim na semana passada”, afirmou Teich.