O chip que permitiu um tetraplégico tocar guitarra

 O chip que permitiu um tetraplégico tocar guitarra

Foi durante as férias, na Carolina do Norte (EUA), em 2010, que Ian Burkhart, então com 18 anos, sofreu o acidente que comprometeria os seus movimentos. Ele quebrou o pescoço ao mergulhar no mar e lesionou a medula espinhal. Perdeu a sensibilidade em seus braços e pernas, embora ainda consiga flexionar os bíceps e mover ombros e cabeça.

No mês de abril, Ian tornou-se a primeira pessoa capaz de movimentar um membro paralisado sem acionar nenhum botão – apenas pensando. Com a mão direita, ele serviu o conteúdo de uma jarra em um copo, passou um cartão de crédito no leitor e tocou a guitarra do jogo Guitar Hero.

Para viabilizar essa revolução, profissionais do Centro Médico Wexner da Universidade do Estado de Ohio instalaram um chip no cérebro de Ian, precisamente na região do córtex motor primário, responsável pelo movimento da mão direita.

Cientistas da Battelle, uma empresa também de Ohio, desenvolveram o software capaz de decifrar os sinais receptados pelo chip e enviá-los para os músculos do braço direito, “driblando”, dessa forma, a lesão na medula. Funciona assim: o jovem pensa em mexer a mão, o equipamento interpreta os sinais e manda o estímulo ao músculo por meio de uma capa com 130 eletrodos acoplada em seu braço. Preço do projeto: US$ 10 milhões, segundo a Battelle.

A expectativa é de que “outros milhões de dólares” sejam aplicados para a continuação das pesquisas. Por enquanto, Ian só pode desfrutar da tecnologia no laboratório. A intenção é tornar o equipamento portátil.

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