Pedro Tavares alerta para riscos da importação de cacau africano e defende proteção à lavoura baiana

O deputado estadual Pedro Tavares manifestou preocupação, nesta terça-feira (14), com os impactos da Instrução Normativa 125, que prevê a flexibilização da importação de cacau da África. Segundo o parlamentar, a medida representa uma ameaça à economia e à sanidade da lavoura cacaueira da Bahia, principal produtora do país.
“É uma homenagem mais do que merecida para a FAEB, o agro que representa grande parte do PIB da Bahia e do Brasil, e que precisa de atenção especial. Sem o agro, a economia não gira e a comida não chega ao prato do cidadão”, afirmou Tavares, reforçando o papel estratégico do setor.
O deputado criticou a normativa por permitir a entrada de cacau estrangeiro sem garantias fitossanitárias adequadas, o que, segundo ele, pode trazer graves consequências. “Pode trazer doenças, como vírus da África e da Costa do Marfim, que ameaçam a produção baiana. Já sofremos com a vassoura-de-bruxa, que dizimou o sul da Bahia. Não podemos correr esse risco novamente”, alertou.
Tavares informou que seguirá para Brasília nesta quarta-feira (16), onde pretende discutir o tema e solicitar a revogação ou revisão da IN 125. “O governo federal precisa agir. A prioridade deve ser a proteção fitossanitária da nossa lavoura”, defendeu.
O parlamentar também exaltou a qualidade e o reconhecimento internacional do cacau baiano, que estará presente no Salão do Chocolate de Paris. “Temos a melhor amêndoa do mundo. É um patrimônio que precisa ser protegido e valorizado”, concluiu.
