PF diz que Palocci tinha “conta corrente de propina” em esquema que envolve Lula

A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira (24) o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por corrupção passiva e ainda envolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um esquema de distribuição de propina por parte da empreiteira Odebrecht.

Preso em setembro deste ano, Palocci é apontado pelos investigadores como o principal intermediário das propinas pagas pela Odebrecht ao PT. Segundo a PF, ele teria solicitado e coordenado pagamentos os quais totalizaram cerca de R$ 128 milhões em repasses que aparecem no chamado “setor de propina” da empreiteira sob o codinome “Italiano”, que faz uma referência a Palocci. O despacho da Polícia Federal ainda afirma que o ex-ministro tinha uma espécie de “conta corrente de propina” com a empreiteira. 

A Polícia Federal também divulgou que foi descoberto outro codinome: o “amigo”, para quem constam repasses de cerca de R$ 8 milhões. Esta seria uma referência ao ex-presidente Lula, em sua primeira citação na análise de documentos. O relatório da PF aponta que Lula era conhecido como “amigo do meu pai” e “amigo do EO”, quando citado por “Marcelo Bahia”, ou seja, Marcelo Odebrecht. “EO” seria Emilio Odebrecht, pai de Marcelo.

A defesa de Palocci se manifestou por meio de nota para afirmar que as acusações são frágeis e que o indiciamento é uma peça de ficção. Por sua vez, o Partido dos Trabalhadores se defendeu com a afirmação de que todas as operações financeiras do partido são legais e declaradas. Os advogados de Lula também se manifestaram para dizer que não há provas para fundamentar as acusações e que se trata de uma perseguição política, já que o delegado que o acusa não é o responsável pelas investigações que tratam do ex-presidente.

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