Por pluralidade e aumento de arrecadação, Fifa oficializa Copa do Mundo com 48 times

Agora é oficial: a partir de 2026, a Copa do Mundo passará a ter 48 seleções, e não mais 32. A mudança foi aprovada de maneira unânime pelo Comitê Executivo da Fifa nesta terça-feira (10), em Zurique, na Suíça.

A fase de grupos do Mundial sofrerá mudança significativa. O número de grupos dobrará de oito para 16, com três seleções em cada, e não mais quatro. Os dois primeiros de cada grupo avançarão para a fase de mata-mata, com 32 seleções. Daí em diante, o modelo segue inalterado até a final. Como as seleções farão um jogo a menos na primeira fase, a criação de uma fase a mais de mata-mata não altera o número de partidas que o campeão jogará: sete. A duração do torneio também segue a mesma, 32 dias.

O aumento do número de participantes da Copa do Mundo é uma promessa de campanha do atual presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, eleito em fevereiro do ano passado. Também aumentará a arrecadação da entidade com a competição. Segundo estudos da Fifa, o lucro pode chegar a até US$ 650 milhões na comercialização dos direitos de TV, já que o número de partidas sobe de 64 para 80, além de um aumento de quase 20% na venda de ingressos, que chegaria a US$ 6,5 milhões.

 

Gianni Infantino explica o aumento do número de seleções na Copa do Mundo a partir de 2026
(Foto: Michael Buholzer/AFP)

“Ao analisar, olhamos para aspectos esportivos, financeiros, qualidade, todos os elementos foram analisados. O financeiro foi um. E não vamos esquecer algo: uma fase a mais de mata-mata é importante, cada jogo vai ser decisivo. Hoje, na fase de grupos, você já fica sabendo quem está classificado e perde interesse. A Eurocopa de 24 times foi um sucesso, uma semana mais, aumentamos um jogo para o campeão”, afirmou Infantino durante entrevista coletiva. 

“Quando tomamos decisões, somos criticados. Quando não tomamos, também. Isso está em discussão desde a campanha. Se você esperar que não haja críticas, você não toma decisões. Futebol é mais do que Europa e América do Sul, o futebol é global. Temos que discutir o calendário, achar soluções para as ligas, os clubes, os jogadores. Mas o impacto de uma competição que se joga a quatro anos não é relevante”, entende o presidente da Fifa. 

Ainda não está definido como será a distribuição das 16 novas vagas entre as confederações. Cogita-se que a América do Sul, que tem dez seleções e atualmente quatro vagas diretas e uma via repescagem, pode subir para seis diretas, mantendo a da repescagem.

As edições de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar, ainda serão disputadas no formato com 32 seleções. A sede de 2026 será definida em maio de 2020. 

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